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sábado, 30 de julho de 2011

Encerramento da temporada "As Travestidas"


ENGENHARIA ERÓTICA

Segunda noite e mesma emoção repetida: brilho e verdade. O público cativo e mais aqueles que não deixam de se surpreender com as histórias de vida e com a volta por cima das travestis.

DJ FABINHO – nada de bate estaca repetitivo!

Muita inventividade e criatividade aproveitando as batidas tradicionais das boates em músicas com muita brasilidade.
O sambinha Eu bebo sim... levou todo mundo à loucura.


































VERÒNICA DECIDE MORRER - Incrível show de rock!

 A diva Verònica Valentino sobe ao palco com todo o gás e com interpretações que aliam força e teatralidade. Sua voz poderosa e sua presença magnética conquistaram imediatamente o público do Terreiro da Mestra Margarida. Era uma galera que vinha do Engenharia Erótica somada aos que já tinham curtido o show da banda na noite anterior na cidade do Crato, com quem tinha ficado desde a apresentação de Avental Todo Sujo de Ovo, com quem veio exatamente ouvir músicas como: Negro Gato, Não serve pra mim, Papai me empresta o carro, Ilegal, imoral ou engorda – e nesta hora, antes de começar a cantar, ela pediu um cigarro pra alguém na platéia. Muita gente bonita dançou e fotografou muito e quem quis ou não quis, dançou muito, porque não dava pra ficar parado de jeito nenhum! Fechamos com chave de ouro as três noites das Travestidas no SESC Juazeiro.

Programa Cultura SESC Cariri

(88) 3587 1065 (SESC Juazeiro)

(88) 3523 4444 (SESC Crato)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

POR FALAR EM SAUDADE


A saudade é um parafuso
que quando a rosca cai
só entra se for torcendo
porque batendo não vai.
Mas quando enferruja dentro
nem distorcendo não sai.
Raul Seixas


SAUDADE É uma palavra
Saudade Só existe na língua portuguesa
Saudade de Val vendendo pó na esquina
Saudade do que nunca vai voltar

E dos amigos que se foram
Eu hoje estou com saudade
Na noite quente e no calor
Que sobe do asfalto
Saudade quente
Saudade da roda de cerveja
Dos amigos da madruga e
Saudade de nadar no mar
E um dia ter sido mais puro
Saudade da primeira namorada
E namorado também
Saudade, principalmente
Da irresponsabilidade
Saudade, meus amigos
Daqui a pouco vou estar com vocês.
CAZUZA

A EDUCAÇÃO NO PLANETA AQUARIUS

Luiz Domingos de Luna*

Outro dia fui convidado a retornar, ao meu planeta natal – Aquarius, como de sempre, peguei a nave e embarquei nem liguei mais para o processo de desintegração, matéria, energia, matéria escura, buracos negros, galáxias, quasares, velocidade, acelerador de partículas, motor de regressão de gravidade.

Como já estou acostumado com as mutações existenciais do universo paralelo, fiz desta vez uma viagem tranqüila e segura, vez estar desintegrado em íons imantados a um grande imã sem prejuízo molecular para minha reintegração material em Aquarius, ao entrar na nossa galáxia Atenas, nem ao som do ruído do redutor gravitacional me foi motivo de preocupação inicial á viagem.

Aos procedimentos, já bastante expostos na série aquarianos, fui convidado a participar da plenária. O Tema: A Educação no Planeta Aquarius, sentei na minha cadeirinha como de costume, o telão girava em 3D, eu nessa altura, já com um calafrio psicológico muito forte, na verdade somente uma forma pedagógica de explicar a situação aos humanos, vez em Aquarius a matéria inexiste, assim a plenário lotado a esperar o conferencista que chegou muito entusiasmado.

Eu como de costume já fui ficando desconfiado, pois em Aquarius não existe emoção o conferencista saudou a todos e abriu a conferência com a praxe de sempre, ao mérito, foi logo expondo: no universo o único planeta que não tem a educação sistemática é Aquarius somos os melhores em computação gráfica, em cibernética, dominamos todo o universo possível da tecnologia, mas ainda não temos um projeto educacional, creio isto ser um ponto negativo para a nosso soberania no espaço sideral, assim para a nossa superioridade intelectual seria oportuno para nós termos a melhor educação do universo.

Nós chegaríamos à perfeição. – Correto? Um colega lá na última fila indagou: - a educação é um valor básico na sociedade, mas tem um problema – o conferencista em aparte – Qual? -A educação é um bem durável e depende do fator tempo, vetor existencial que não existe em Aquarius, - isto tem solução – mas tem outro – uns conseguem aprisionar o conhecimento com mais facilidade e outros não. - Como assim? : É que a educação de qualidade plena depende da qualidade social, - O que é esta qualidade social - É todo infraestrutura social e econômica que deve existir para que o aluno saia de sua casa escola para escola apto a aprendizagem, pois, não tendo esta oportunidade igual para todos, os aptos aprendem e os não aptos não. Tendo esta qualificação social plena, a educação tem um fim comum de oportunidades a todos ?- Sim com certeza.

Chamem o projetista – O Projetista fez o esboço da Escola, quadro funcional, currículo e na verdade expôs tudo em detalhes minuciosos, com uma didática perfeita. A platéia aplausos geral para o projetista. Eu como sempre desconfiado de tanta emoção vez isto não existir em Aquarius. O Conferencista disse: Tudo aqui é baseado unicamente no mérito, somente no mérito. Nada pode esta acima do mérito, o mérito é quem vai definir a nossa educação- Certo – a Plenária aplaudiu geral uma verdadeira festa em Aquarius.

O sábio lentamente levantou de sua cadeirinha encarou bem o conferencista e indagou - o Mérito de quem mesmo? Do professor-Algum problema? Não é que eu pensei que o Mérito seria do aluno – Como aluno? Você sabe bem que em Aquarius a prioridade é a política e a educação com mérito para o professor – você sabe que em Aquarius não existe aluno. nem tão pouco aprendiz, muito menos esta qualidade social. E o mérito do aluno, e a qualidade social – quis saber o sábio – conferencista, isto a gente pensa depois, - depois quando? Quando a gente deixar o poder, será uma cobrança nossa.
Entendeu
-Não
Alguma dúvida
-Todas
Mas é assim que a coisa funciona.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora –Ceará.

Caldas Fest terá Lobão!

Lobão faz show e lança sua autobiografia "50 anos a mil" -A O ambiente serrano paradisíaco do Balneário Termas do Caldas, em Barbalha, na região cearense do Cariri, será palco da primeira edição do festival de música Caldas Fest, realizado de 10 a 14 de agosto (quarta a domingo). O festival contará com a participação de 20 músicos de quatro estados brasileiros na Mostra Competitiva e ainda oficinas de guitarra, baixo elétrico e técnica vocal de nível básico e médio, palestras e shows de artistas como Lobão e Tribo de Jah. De quarta a sábado, pela manhã e à tarde, acontecerão atividades formativas. À noite, de quinta a domingo, programação musical.



Tendo como tema “A Produção da Música Independente e as Transformações do Mercado Fonográfico”, o Caldas Fest chega como um espaço para o debate da nova produção musical brasileira, reunindo músicos consagrados e novos talentos e contribuindo para o fortalecimento do mercado musical no Ceará.



Todas as atividades do festival são gratuitas. A organização do evento pede ao público a doação de 1kg de alimentos não perecíveis que serão recolhidos na entrada do balneário, não sendo, entretanto, obrigatório para o ingresso. Os alimentos serão distribuídos com entidades que fazem trabalhos sociais junto às comunidades da região.



O Festival acontece no Balneário Termas do Caldas, localizado entre um imenso canavial e a Floresta Nacional do Araripe, sendo uma das raras estâncias hidrominerais do Nordeste. O balneário ocupa uma área de 4.500 hectares e conta com fontes e piscinas naturais com temperatura de 26°C, águas minerais hipotermais consideradas as mais leves do país, e tem ainda piscinas, quadras, restaurantes e hotel. É localizado no distrito de Caldas, na serra, a 20 km da sede do município de Barbalha. O ingresso para acesso às piscinas e estrutura turística do balneário custa R$5.



A realização do Caldas Fest é da J A Lima Produções e da Associação Carnaubeira de Arte-Educação, em parceria com a Prefeitura Municipal de Barbalha, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo. O festival tem patrocínio da Caixa Econômica Federal - Governo Federal e Governo do Estado do Ceará, por meio da Casa Civil. Conta ainda com apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, Prefeitura Municipal de Barbalha e Balneário Termas do Caldas.



Shows e palestras



O roqueiro Lobão é uma das atrações do Caldas Fest. Na quarta-feira, 10, às 19h30, no Cine Teatro Neroly Filgueira, ele lança a autobiografia “50 Anos a Mil” e fala um pouco sobre sua trajetória de quase 30 anos de atuação na música brasileira. Lobão discute ainda os novos rumos do mercado fonográfico no país. Na quinta-feira, 11, data da abertura oficial do festival, o músico faz show às 22h30, no Balneário Termas do Caldas.



No sábado, 13, Tribo de Jah, formado em sua maioria por deficientes visuais, profere palestra às 16h sobre a trajetória da banda maranhense, com o tema “Uma história de superação”. O grupo faz show no mesmo dia, às 23h.



Também são atrações do festival: a dupla de Barbalha Suzane e Lucas (quinta, 20h30), Abidoral Jamacaru, do Crato, um dos mais conceituados compositores cearenses (quinta, 21h30), Siribáh Soares e o Samba do Grande Amor, de Fortaleza (sexta, 21h30), o grupo de Barbalha Os Águias (sexta, 23h), o músico e compositor Khalil Gibran, de Limoeiro do Norte (sábado, 21h30) e o forró de Chico Pessoa (domingo, 21h30).



No domingo, às 14h, o tema do festival dará o tom da palestra de Marcos Caminha (gerente de áudio da TV Brasil - RJ), com o tema “Gravando em Casa – Como montar seu estúdio caseiro e obter um som profissional na gravação do seu disco”. Antes disso, pela manhã, com o encerramento das oficinas, alunos e demais participantes do festival são convidados para um passeio ecológico pelo balneário, a partir das 9h.



Mostra Competitiva



Músicos do Ceará, Bahia, Goiás e Minas Gerais estão entre os participantes da Mostra Competitiva, que acontecerá de sexta a domingo às 19h30. Foram selecionadas 20 canções inéditas e seus respectivos intérpretes, que vão concorrer ao título de melhor canção, com prêmios aos três primeiros colocados, e ainda a melhor letra, o melhor intérprete e a música de aclamação popular.



As 20 músicas selecionadas para a mostra competitiva serão apresentadas ao público em duas etapas: na primeira, os artistas são divididos em dois grupos de 10 canções, com apresentações sexta-feira e sábado. A ordem e dias de apresentação de cada músico será definida por sorteio a ser realizado durante o festival.



A banca de avaliação será formada por seis jurados que selecionarão 10 para participar da grande final no domingo. Os três primeiros colocados serão agraciados com troféu e prêmio em dinheiro no valor de R$ 3 mil (1º lugar) R$ 2 mil (2º lugar) R$ 1 mil (3º lugar). Os participantes concorrem ainda ao prêmio de aclamação popular, melhor intérprete e melhor letra com premiação em dinheiro no valor de R$800 para cada e troféu.



Oficinas



Durante o festival, serão realizadas oficinas de guitarra, baixo elétrico e técnica vocal, todas de nível básico pela manhã, de 8h às 12h, e de nível médio à tarde, de 14h às 18h. São ofertadas 20 vagas para cada turma. As aulas serão ministradas de 10 a 13 de agosto na Escola Municipal de Ensino infantil e Fundamental Bom Jesus, no Distrito de Caldas. Os participantes terão direito ainda a alojamento e alimentação. As oficinas são voltadas para estudantes a partir de 14 anos de idade, que tenham disponibilidade de levar o instrumento para as aulas. As inscrições podem ser feitas até o dia 05 de agosto na Secretaria de Cultura e Turismo de Barbalha (Rua da Matriz, 25, Centro – Barbalha), local do antigo Casarão Hotel. Interessados de outras regiões podem se inscrever pelo telefone (88) 3532-1708 (tratar com Sávio Menezes).



SERVIÇO

Caldas Fest 2011 - De 10 a 14 de agosto em Barbalha/CE. Shows no Balneário Termas do Caldas (balneariodocaldas.com.br); Palestras no Cine Teatro Neroly Filgueira (Rua Pedro I, s/n, Centro – Barbalha) Info.: (85)3251.1105. Site: www.jalimaproducoes.com.br. A programação do festival é GRATUITA. Ingresso para acesso às piscinas e estrutura turística do balneário durante o dia: R$5.



fonte: http://www.degage.com.br/noticias/76/caldas-fest-tem-lobao-tribo-de-jah-mostra-competitiva-e-oficinas

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CABARÉ DA DAMA – Uma Flor de Dama que desabrochou!



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O conto do gaúcho Caio Fernando Abreu, Dama da Noite, extraído do livro Os Dragões Não Conhecem o Paraíso e dedicado à escritora Márcia Denser foi maravilhosamente bem encenado por Silvero Pereira. A encenação desta noite foi a de número 300 e consolida 10 anos de pesquisa e oito, de apresentações que foram evoluindo no formato e na performance. No início, a peça concentrava-se apenas no texto de Caio e se chamava Uma Flor de Dama, nos últimos tempos foi inserido ao espetáculo shows de transformistas dublando divas da música pop nacional e internacional (todas foram excelentes e animaram e deslumbraram a platéia): Amy Winehouse, Lady Gaga, Preta Gil, Adèle ... e ganhou o nome que tem hoje. É esse clima de boate gay que impera na primeira parte que tanto encanta quanto  desnorteia o público, quando na sequencia, vemos a personagem que se senta e dialoga com um interlocutor que é descrito como um rapaz jovem de furo no queixo que está inserido na “roda” onde ficam aqueles que são aceitos, que não são marginalizados. O discurso vai da paquera à fúria ao escracho ao humor ao drama à ofensa à euforia à poesia: “Gosto de quem eu sou, não do que eu faço, porque escolhi ser quem eu sou”. O público vai sendo conquistado e levado a refletir sobre a condição do outro e a olharem mais atenciosamente à sua própria condição nesta vida. Um triunfo de apresentação!

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(Momento da homenagem a Silvero Pereira pelas "Travestidas")

E amanhã, no mesmo horário, é a vez de Engenharia Erótica.

Texto de Elvis Pinheiro.

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Programa Cultura SESC Cariri
(88) 3587 1065 (SESC Juazeiro)
(88) 3523 4444 (SESC Crato)

Publicações históricas versam sobre aspectos socioculturais do Cariri e são reeditadas pela Secult, Urca e UFC

Crato. O Cariri ganha uma seleção de obras que contam a história da região. Sete livros do escritor cearense José Alves de Figueiredo Filho foram reeditados pela Secretaria da Cultura do Ceará, Universidade Regional do Cariri (Urca) e Edições UFC, na série Memória, da Coleção Nossa Cultura. Todas as obras, que estavam esgotadas, foram relançadas em edições de mil exemplares cada, sem fins financeiros, que serão distribuídas pela Urca. Ainda não foi marcada a data de lançamento.

Foram reeditados os livros: "Engenhos de Rapadura do Cariri", "Folguedos Infantis do Cariri", os quatro volumes da "História do Cariri" e "Cidade do Crato" (com Irineu Pinheiro). Os sete livros de J. de Figueiredo Filho foram publicados como parte de 10 títulos que enfocam a história e os costumes do Cariri. Os engenhos de rapadura tornaram-se um símbolo da região que nasceu e cresceu na sombra da agroindústria da rapadura. De Irineu Pinheiro, a série inclui dois livros: "Efemérides do Cariri" e "O Cariri: seu descobrimento, povoamento, costumes".

Fabricação de rapadura nos engenhos do Cariri, aspectos do solo e condições do plantio da cana de açúcar, produção e alimentação do sertanejo são alguns temas abordados

Fabricação de rapadura nos engenhos do Cariri, aspectos do solo e condições do plantio da cana de açúcar, produção e alimentação do sertanejo são alguns temas abordados

FOTOS: ANTÔNIO VICELMO





De Floro Bartolomeu da Costa, foi publicado o livro "Juazeiro do Padre Cícero", que reproduz o célebre discurso do deputado pronunciado na Câmara Federal, em 1923, em defesa da Meca do Cariri e do seu líder político e religioso, Padre Cícero Romão Batista. "A reedição desse rico acervo ocorre numa outra feliz coincidência de data: os100anos de Juazeiro.



"A leitura é imprescindível para todos quantos queiram compreender o mais extraordinário fenômeno sócio-religioso ocorrido, na última década do século XIX e nas primeiras do século XX, no Brasil: o Padre Cícero Romão Batista, criador e criatura do Juazeiro do Norte", dizem na apresentação dos livros o então reitor da Urca, Plácido Cidade Nuvens, e a atual reitora, Otonite Cortez.



"Engenhos de Rapadura do Cariri", de José de Figueiredo Filho, com ilustrações de Percy Lau, foi originalmente publicado pelo Ministério da Agricultura, em 1958, no Serviço de Informação Agrícola (SIA). Traça o perfil de uma atividade que tinha papel central na economia agrícola caririense e na alimentação do homem no Nordeste.



Engenhos do Cariri



Em 1954, conforme Figueiredo Filho, o Cariri possuía em operação 284 engenhos, a força motriz, 12 movidos a bois e seis engenhos d´água - em Barbalha, Crato, Missão Velha, Juazeiro do Norte e Jardim. Os 65 engenhos de Barbalha produziam 8,52 toneladas de rapadura e os 75 do Crato, 5, 075 toneladas do produto. Em Missão Velha, 92 engenhos produziam 3,5 toneladas de rapadura; 32 engenhos de Juazeiro do Norte forneciam 2,3 toneladas; e, em Jardim, 42 engenhos entregavam 2,17 toneladas por ano. Os cinco colocavam mais 2.203 litros de aguardente no mercado.



A agroindústria da rapadura foi o setor econômico que mais contribuiu para o progresso da região. O autor não só descreve moagens e plantios de cana, mas focaliza, também, aspectos da vida na região, para mostrar a civilização que foi criada naqueles rincões, por elementos genuinamente brasileiros, nascidos e abrigados na sombra dos engenhos de rapadura.



Data de 1785, conforme o padre Antonio Gomes de Araújo, citado por Figueiredo, o primeiro engenho do Município do Crato movido a água. Ficava localizado no Sítio Cobreiros, pertencente ao coronel Joaquim Ferreira Lima, futuro sogro de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe. O livro inicia com dados históricos e aborda em seguida a região e o homem.



Os aspectos do solo e condições para o plantio da cana de açúcar, além de fotos dos engenhos dão o pano de fundo da ciência agronômica da atividade. Em seguida vem o capítulo sobre a vida no engenho de rapadura; e, ainda, um capítulo sobre o lugar cativo da rapadura na alimentação sertaneja.



Publicações



10 livros reeditados traçam história do Cariri. Destaque para obras de J. de Figueiredo Filho: "Engenhos de Rapadura do Cariri", "Folguedos Infantis", "História do Cariri" e "Cidade do Crato".



MAIS INFORMAÇÕES
Universidade Regional do Cariri (Urca) - Pimenta - Crato (CE)

(88) 3102.1212 / 3102.1204 / E-mail: urca@urca.br / gabinete@urca.br
CULTURA



Folguedos infantis são tema de livro

Os livros têm importante contribuição ao registrar, entre tantos costumes, brincadeiras regionais da época
Crato. O jornalista Flamínio Araripe, que é neto de J. de Figueiredo Filho, afirma que o livro "Folguedos Infantis Caririenses", uma das obras reeditadas, publicado em continuação a Folclore no Cariri, mergulha na memória afetiva da infância vivida pelo autor, mas abraça também as brincadeiras mais recentes que ele observa e extrai do que praticam os netos, aos quais dedica o livro. A dedicatória do livro - "Aos netos, raios de luz que me alegram o declínio da jornada, e fazem-me reviver, em espírito, os tempos bons de criança" - dá o tom do sentimento com que o autor percorre a memória afetiva dos folguedos infantis.



"As brincadeiras infantis estão intimamente presas ao folclore. Muitas delas acompanham o homem desde os albores da civilização", afirma. Um capítulo dá vida às experiências vividas de brigas de rua. Outro recorda o universo do cavalo de pau, a montaria infantil. Em consulta ao folclorista Luís da Câmara Cascudo, Figueiredo informa que o cavalo de pau já era conhecido entre os romanos e gregos.



Menciona, ainda, os hábitos de montar carneiros, jumentos e cavalos. "A original montaria está quase a desaparecer do cenário caririense, substituída pelos veículos mais modernos - bicicletas e velocípedes", escreve. Brincadeiras de crianças da cidade e dos sítios, de meninos e meninas, também jogos de palavra e cânticos, inclusive com a partitura musical, revivem no texto fluente e amoroso do escritor. Há fotos de meninas pulando a "Macaca", no colégio São João Bosco, no Crato; Jogo do Amor (Senhora dona Condessa), meninos jogando pião. Capítulos são dedicados a histórias de trancoso, bicheiro, carnaval de crianças, armas, instrumentos de caça, armadilhas, passarinhos e gaiolas.



Centenário do Crato



O livro "Cidade do Crato", publicado em 1953, em parceria com o médico Irineu Pinheiro, pelo Ministério da Educação, por ocasião do Centenário do Município, traça um perfil da história, economia e cultura da cidade. O primeiro capítulo, assinado por Irineu Pinheiro, é centrado na história. O texto de Figueiredo - "Crato, importante centro do Nordeste brasileiro" - tem a cor de uma reportagem que cobre da geografia à educação e cultura da cidade, onde há lugar para mostrar o Zabumba de Couro. Na obra, Figueiredo equilibra dados da realidade social ao tom otimista do livro de comemoração do centenário.



ANTÔNIO VICELMO

REPÓRTER


FONTE:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1015373
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Armazém de Férias – 3° dia

ALMAH - Afinação e muita afinidade
Para os judeus, a palavra Almah significa Jovem na língua hebraica. Já os cristãos a compreendem como Virgem.  Quase duas horas de show no pátio do SESC JUAZEIRO e muito metal melódico para fãs e aficionados do gênero. Noite fria e espaço aberto que possibilitou que todo mundo pudesse curtir a apresentação tanto bastante próximo dos músicos como com total liberdade de movimentos. O diálogo entre o vocalista, Edu Feschini, e as pessoas que assistiam se deu na maior tranqüilidade. Isso só se perdeu um pouco na hora dos artistas descerem do palco, mas isso já é o esperado. A afinação dos músicos era incrível e as letras podiam não ser compreendidas, mas sem dúvida, eram sentidas com bastante euforia por uma galera jovem e imberbe, se não na idade, com certeza, no coração. Jovens ou Virgens ou ambas as coisas ou nenhuma coisa nem outra, o último dia deste Armazém do Som de Férias já entrou pra história dos shows de metal no Cariri.


Programa Cultura SESC Cariri

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domingo, 24 de julho de 2011

Camaradas ocupam Aracati no Festival Nacional de Teatro de Rua

Apresentação de Willyan Teles


Performance "A Encaixotada" com Janaina Felix



Interação com o público a partir do cartaz "Vende-se"


Performance "A encaixotada" realizada por Janaina Felix

Performance "A louca" realizada por Noberlia Duarte Siebra


Oficina/Performance "A Obra" realizada por Alexandre Lucas


oficina/performace " A Obra" realizada por Alexandre Lucas


Lambe-lambe "Vende-se"




Lambe-lambe "Taba Boca"



Lambe-lambe "Pelo direito de Brincar"


Norbelia Duarte Recita "A Rosa"





Lambe-Lambe "Maria da Luta" produzido a partir de fotografia

Montagem dos Lambe-lambe na Calçada da Igreja Matriz de Aracati


Marlon Torres recitando



Durante o período de 20 a 23 de julho, a cidade de Aracati foi tomada pelos artistas dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro por ocasião do VII Festival Nacional de Teatro de Rua do Movimento de Agitação e Resistência da Cultura Popular – FESTMAR realizado pelo Ponto de Cultura Instituto Aracupira Teatro e Cidadania/Frente Jovem. O Festival foi constituído por apresentações, oficinas, performances e intervenções urbanas.

De acordo com Teobaldo Silva o evento só foi possível por ter sido selecionado no Prêmio Funarte Arte Cênica na Rua 2010 e pelo aporte financeiro do Governo do Estado do Ceará e do Banco do Nordeste. Ele destaca que nesta sétima edição houve uma participação mais ampla dos artistas brasileiros e uma possibilidade de intercâmbios entre os grupos para realização de trabalhos em outras cidades.


O Coletivo Camaradas foi um dos grupo que participou do evento levando muita irreverência e engajamento político nos seus trabalhos. Os Camaradas realizaram uma oficina, cinco intervenções urbanas, duas performances e três apresentações. De acordo, Alexandre Lucas, essa foi uma das maiores produções realizadas pelo grupo. O Coletivo já realizou trabalhos em diversas cidades do Ceará, além dos estados do Rio de Janeiro, Salvador e do Distrito Federal.

Norbélia Duarte Siebra, estudante curso de Teatro da URCA, enfatiza que participou dos trabalhos e pode perceber a importância da arte como instrumento de consciência política.

Para Willyan Teles da Companhia Arriégua , a participação do Coletivo no evento deu para abranger assuntos diversificados e frisa que pra ele foi uma experiência nova na arte realizada na rua.

Janaina Felix, que realizou a performance “a encaixotada” na qual uma mulher é presa dentro de um caixote e auto se liberta diz que foi um trabalho que pode inovador a sua experiência estética e artística dentro do Coletivo.


Doze integrantes do Coletivo participaram do FESTMAR a partir do apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude do Crato que garantiu o transporte para os Camaradas.


Camaradas presentes no FESTMAR:


Diego Tavares da Silva
Marlon Torres de Souza
Antonio Hamilton de Souza Holanda Junior
Cícera da Penha Mendes Ribeiro
Elizângela Brito de Sousa
Janaina Felix Julio
Alexandre Lucas Silva
Cícera de Araujo santos de Almeida
José Ailton Oliveira de Almeida
Saymon Vinicius Sales Luna
Willyan Teles Rodrigues
Norbelia Duarte Siebra

Números do Festmar:

21 Grupos
03 oficinas
40 espetáculos
02 Performances
05 intervenções urbanas
240 artistas
07 estados brasileiros

Coordenação do evento

Teobaldo Silva
Tinoco Luna
José Marcelo D2
Marcos Lima
Glenda Rayane
Chico Isidório
Plínio Teixeira

sábado, 23 de julho de 2011

ARMAZÉM DO SOM - Programação Especial de Férias 2º Dia

 2ª Noite, a hora do Reggae Caririense!
E hoje, às 20h teremos ALMAH.
DSC02640.JPGLIBERDADE & RAIZ – Fica pra próxima... um show maior!
Infelizmente, a primeira banda programada para a noite de sexta do Armazém do Som não pôde se apresentar por conta do atraso de seus integrantes. Bem que alguns deles chegaram às 18h30, mas contando o tempo que ainda seria gasto com a passagem de som, foi impossível o público prestigiar o trabalho destes garotos que estão iniciando. MAS... ENTRETANTO... A última banda foi maravilhosa e cedeu vinte minutinhos preciosos pra que eles dessem uma palhinha que valeu! Estavam instigados e apresentaram composições próprias. Ficou o gostinho de queromais!


DSC02631.JPGMARY ROOTS – Muita paz e amor
Às 19h10 o público começa a entrar e o show já se inicia com muita gente instigada a ficar em pé nas laterais do Teatro. Tem criancinha no canto do palco ensaiando os primeiros passos aos cuidados dos pais e na fala do vocalista o aviso de que é música do Cariri para o Cariri “e se Deus abençoar, pra todo o país. Quem sabe, né?”. Se depender da empatia com a galera, com certeza isso irá acontecer. Canções como Livro da Vida e Árvore do Reggae eram cantadas por um verdadeiro coral. É como diz a letra, “o reggae não pode acabar não”. Depois de cantar com a alma e o coração I Shot Sherif de Bob Marley, pediu perdão pelos erros, mas arrematou dizendo a maior verdade: “Foi massa, né não?”. Ao final da apresentação a dedicatória: “Vocês é que movimentam o reggae do Cariri! Fiquem com Deus”. Isso resume bem o que foi o show da Mary Roots.


DSC02636.JPGLEGALIZE IT – Reggae de raiz brava!
Anderson Almeida com a sua camisa estampando Bob Marley encabeçou a última atração da noite que trouxe clássicos do reggae - Peter Tosh e Marley - e bastante agito pra um público que os recebeu com gritos e pulos bem altos. A percussão bastante inventiva e os “sumplers” do DJ e tecladista João Afonso mandaram ver! Aliás, essa foi a grande diferença que deu um brilho todo especial às músicas. Cada interpretação ganhava vida própria e foi nesse crescente que chegaram ao hit Legalize It, que dá nome à banda e que foi o auge da harmonia e da entrega.  Um show que uniu alto estilo, criatividade e energia.


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Programa Cultura SESC Cariri
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

ARMAZÉM DO SOM - Programação Especial de Férias 1º Dia

ROCKER – 1ª banda a se apresentar no Armazém do Som
O vocalista da Rocker tem muita energia e senso de humor do rock ao reggae. Em ritmo de rock cantou Borbulhas de Amor, para em seguida soltar o cabelo e parodiar Californication do RHCP transformado em EuNãoMeQueixon. Na sessão paródias ainda rolou Beatles e já que o escracho parece ser o perfil da banda, ainda teve Mamonas Assassinas, que obviamente não precisou de paródia. Enfim, uma apresentação divertida e espontânea. Na hora de cantar Bicha Boa, uma composição original do grupo, ele já estava de vestido e peruca de mulher, e misturando sem tréguas, emendou com O Rappa. Verdadeira montanha-russa do pop music nacional e internacional.

DE REPENTE BLUES – De repente muito estilo!
Um show que foi crescendo mais e mais e contagiando o público do Teatro SESC Patativa do Assaré. Crossroads, a primeira música tocada, ficou em clima de “estamos ainda passando o som”, mas tratando-se de uma música de alguém num cruzamento e afundando –“ And I'm standing at the crossroads, believe I'm sinking down” – ficou foi uma interpretação bem original. As primeiras quatro músicas foram pra esquentar. A partir da quinta, Sweet Home Chicago, público e artistas estavam numa só sintonia. Foi muita desenvoltura e simpatia do vocalista, Sascha, que na terceira canção de Gary Moore, soube colocar o baião do Gonzagão dizendo “Eu vou mostrar pra você como se dança um baião...”, tudo a ver com esse tipo de mulher de que trata a música do gutarrista irlandês - She's that kind of woman. Até Sweet Home Alabama foram 17 músicas bem interpretadas e que deram charme e estilo à primeira noite do Armazém do Som. Parabéns ao Manel do baixo, ao Remi ou Remy da batera e ao Lamar que mandou muito bem na guitarra.


VANITY – Peso! Peso! Peso!
Com composições próprias, realmente é como disse o vocalista, “a cena underground do cariri está bem representada”. Eles viajam amanhã, dia 22, para o ForCaos , onde se apresentarão no palco Dragão em Fortaleza. Foram sete músicas, mas as três primeiras foram unidas em um único bloco denso e forte. E haja pescoço e garganta, cabelo não fez falta. O vocalista e os demais integrantes do grupo com muita tranqüilidade e sem nenhuma vaidade – a vaidade ficou apenas no nome da banda – espalharam sangue na estrada (Blood on the Road e Scatter Blood ) e terminaram com escombros (The Ruins).

Bandas de Hoje:
18h     Liberdade e Raiz
19h30 Mary Roots
21h     Legalize it

Entrada 2Kg de alimentos não perecível

Local: Teatro SESC Patativa do Assaré
Rua da Matriz, 227
Centro - Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3587 1065

segunda-feira, 18 de julho de 2011

As Travestidas

Engenharia Erótica: fábrica de travestis é parte de uma pesquisa empírica e científica, para além do estereótipo e dos preconceitos, do modo de vida das travestis do nosso estado na preocupação de quebrar conceitos impostos pela sociedade tentando desmistificar sua relação com a marginalização e prostituição e lançando um olhar sobre a diferença entre história de vida e condição de vida. 
 
Cabaré da Dama: Criação e interpretação solo de Silvero Pereira, a partir do texto Dama da Noite, de Caio Fernando Abreu (1948 – 1996), Uma flor de dama mostra uma noite na vida de um travesti, que experimenta com argúcia e ironia o que é próprio da condição humana: amor, preconceito, morte. Um jovem ator do Ceará no espetáculo que o consagrou no circuito de festivais Brasil afora. Prêmio de Melhor Ator no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga.



VERÔNICA DECIDE MORRER: A partir da personagem Verónica Valentino da peça Engenharia Erótica surge a banda fortalezense cheia de glamour, performance, luxúria e anti-amor e com um set list que inclui composições de Roberto Carlos, Amy Winehouse, B. B. King, Rita Lee, Arnaldo Antunes e do filme The Rock Horror Picture Show.

QUANDO A BANDA PASSAR

Luiz Domingos de Luna*


A História humana é permeada pelo acúmulo de conhecimentos do passado, a ação do presente, não muito raro, a visionários que a força elástica do futuro por razões que estão na intimidade do ser dão o pontapé inicial ao vindouro.

No distante ano de 1981, quando a cidade de Aurora ainda patinava no formato de sua infraestrutura, todo o arsenal para a civilidade urbana, ainda um sonho a bailar na mente dos otimistas, lá vem àquela forte figura, contrariando a tonalidade do presente, a colocar a pedra última do triangulo da civilidade aurorense – A Banda de Música do Senhor Menino Deus, como uma escola a levar o facho da luz a uma juventude de múltiplas carências, ainda no processo de construção da base piramidal.

Quem viveu o momento sabe que o sonho do humanizador social, ativista cultural, e sacerdote na expressão maior – Padre Francisco França – tinha um quê de Utopia, vez as colunas mestras de desenvolvimento social ser também uma utopia, na verdade, tudo era utopia mesmo, assim a do padre, era mais uma no oceano de inúmeras.

No dia 29 de abril de 1982 fui convidado para receber os instrumentos musicais na casa Paroquial, vez a solicitação do padre ter sido atendida prontamente pelo Ministério de Educação e Cultura. O Momento foi registrado por um grande paradoxo, ora, a cada instrumento que conferia um grito de emoção, lágrimas de felicidade que tocava suavemente o chão, como se existisse também uma alegoria na força gravitacional terrena.

Tudo para mim era motivo de felicidade plena, o cheiro dos instrumentos, os caixotes, a embalagem perfeita, na verdade tudo perfeito.
Quando dei conta de minha emoção plenamente exagerada, olhei ao lado e vi o idealizador da obra taciturno, triste, com uma dor na alma, uma expressão quase que fúnebre, ficou logo claro o descompasso espiritual entre mim e o arquiteto do projeto. Uma situação emblemática, uma dialética soava no ar, parecia ser um sonho realizado para mim e uma decepção para o padre.
Diante desta situação vexatória e paradoxal, confesso que para mim um pouco constrangedora, enxuguei as lagrimas de felicidades e entrei na atmosfera da dor espiritual que acometia meu mestre.

O Meu fluxo pensamental em pane, pois como conciliar a minha emoção contagiante com a tristeza espiritual marcante do momento. Pensei, devo estar agindo errado nesta situação, -esta minha alegria deve ser falsa, ou eu estou enganando a mim mesmo, Como pode? Pois eu sabia plenamente que a tristeza do padre era verdadeira, nunca passou a idéia da tristeza do mestre ser falsa, vez a sua integridade moral está acima da minha a anos luz!
Assim criei coragem e perguntei
Padre França por que tanta tristeza?
-Porque estou pensando
Como assim?
Será se daqui a 30 anos terão jovens para tocar estes instrumentos ou a ferrugem vai tomar conta deles.
Padre, a ferrugem tomar conta dos Jovens?
Não – Eu pensei dos instrumentos musicais.
Tombei na coluna do silêncio e não falei mais nada.

(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora –Ceará.


domingo, 17 de julho de 2011

Nota de Janinha Brito:

O blog Cultura no Cariri foi infectado por um vírus impossibilitando assim algumas postagens e sendo denunciado como perigoso aos usuários pelo Mozilla Firefox, sendo acessado livremente apenas pelo Internet Explorer, estamos resolvendo o problema e em breve matérias interessantes sobre os espaços musicais, casas de show e bares que marcaram a história do Cariri!
Agradeço aos autores por não terem deixado o ritmo de postagens, e aos nossos seguidores e leitores o meu mais sincero agradecimento!
Janinha Brito!

DEFENDAMOS A EXPOSIÇÃO DO CRATO!


Alguns pontos não esclarecidos ou propositalmente escondidos do grande público nos fazem duvidar da seriedade da insistência do governo estadual em mudar de local o Parque de Exposições do Crato, a saber: 
1. Quem são os tais criadores que querem a mudança?; 
2. Por que o novo local seria um terreno no alagado Palmeiral, por onde passa o Rio Grangeiro e a única via de acesso (a Av. Perimetral) é de tráfego perigosíssimo?; 
3. Alguém consegue justificar por que o terreno a ser comprado é de propriedade de um dos "criadores" que defendem a saída do parque, sendo ainda membro do Grupo Gestor do ExpoCrato?; 
4. Por que o governador Cid Gomes, junto com o promotor Leitão, não analisam a proposta do prefeito do Crato Samuel Araripe que, com espírito colaborativo e democrático, apresenta soluções para os problemas de acessibilidade, modernização e gestão adequada do Parque de Exposições do Crato sem que este seja transferido para outro local?; 
5. Quem disse ao repórter dessa matéria que o prefeito defende que o recurso (25 milhões, SEGUNDO CID GOMES) deveria ser destinado à criação de três novas avenidas? O que o prefeito propõe é que o dinheiro que seria gasto na "compra" de um novo terreno (cerca de 7 milhões) sirva às despesas de construção das citadas avenidas e o restante na modernização do Parque; 
6. É muito estranho e duvidoso o descuido da gestão da feira em permitir uma espécie de favelização do espaço, espremendo as vias destinadas ao público com barracotes de todo tipo de comércio, muitos alheios ao objeto central do evento; 
7. Num espaço que deveria ser explorado por negócios ligados ao setor agropecuário e derivados, não se pode ter exposição de panelas, colchões, perfumes, serviços de cabeleireiro, móveis domésticos e outros artigos que, embora de utilidade e importantes à população, seria mais adequado que fossem expostos em outro tipo de feira ou em outro lugar; 
8. Outro aspecto de grande significação, o setor cultural e artístico, é relegado ao plano do mercenarismo consumista e doado à iniciativa privada que despreza a identidade nordestina, a ligação cultural da feira com as manifestações artísticas tradicionais, nega espaço aos artistas locais e promove um besteirol depreciativo da alma regional e brasileira com programação de péssima qualidade, visando apenas o lucro fácil...
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