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quarta-feira, 31 de março de 2010

Reunião da ACF Cariri

Prezados amigos da ACF - Cariri

Estamos programando uma nova reunião da Associação Cearense de Forró - Cariri, para o dia 7 de abril no mesmo local das anteriores, auditório da RFFSA Crato. Gostaríamos muito da sua participação e também que você convidasse outras pessoas da área para discutirmos mais alguns pontos da nossa associação. Na oportunidade, gostaríamos que levassem um portifólio do seu trabalho, com histórico da sua carreira, ou do seu grupo, fotografias e CDs ou DVDs que tiverem, pois precisamos desse material para que possamos apresentar ao prováveis parceiros em eventos que pretendemos entrar.

Vejam isso pois é muito importante para todos nós.

aquele abraço, sucesso sempre.

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Kaika Luiz
Sertão Pop Produções e Publicidade
(88) 3521.6604
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MALHAÇÃO DO JUDAS NO CRATO-CE



PROGRAMAÇÃO

15 horas: Cortejo do Judas: trecho Centro (Bodega do Joquinha, rua dos Cariris) – Praça 3 de Maio – Rua Mons. Esmeraldo – Rua São Francisco – Rua Mons. Assis Feitosa – Centro Cultural do Araripe (RFFSA). Participação do Grupo de Caretas do Distrito da Bela Vista (Mestre Cirilo), Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, Catirinas e Mateus, Boi, Burrinha, Jaraguá, Chica Curuja (Joseany Oliveira), Geroplícia (Orleyna Moura), Zé de Baca (Cacá Araújo), Buneca de Lôça (Mª Isaura Araújo), Chicó (Flávio Rocha), Sivirino Cipó Cravo (Franciolli Luciano), Maria Capionga (Tereza Cândido), Fofolete do Sertão (Gabriela Melo), Zefa Rapa-Côco (Charline Moura), Eufrosina Barraquêra (Lílian Carvalho), Carrim do Bago Mole (Edival Dias), Cabôco Fumadô (Jardas Araújo), Cumade Meropéia (Mônica Batista), Tanajura Cafuné (Jonyzia Fernandes), Perpa Criolina (Lorenna Jéssica), Lôra do Banhêro (Françoi Fernandes), Cão Côxo (Josernany Oliveira), Serpentina Vuadora (Joênio Alves), Mutuca Lombrada (Felipe Tavares), Carrapato de Musquito (Márcio Silvestre), Medusa Bombril (Andecieli Martins), Dona Pomba (Mariana Nunes), Tranquilino Ripuxado (Pedro Ernesto Morais), Coroné Barduíno (Adauberto Amorim), Cabinha do Babado Forte (Paulo Henrique Macêdo), Luizinho Brega Star (Tio Bibi), Zé Bocoió (Aécio Ramos), Maria Matusquela (Teresa Ramos), Raul Canga-Seixas, Jurema Catolé (Carla Hemanuela), Beata do Chafurdo Bom (Kelyenne Maia), Virgulino Goiaba (Danilo Brito), Cipriano Tabaquêro (Veylla Duarte), Vitalino Fura-Fura (Lifanco), Julião Paçoca (Italo Benui), Capeta do Engenho (Willyan Teles), Rodonézio Viramundo (Hamilton Holanda), Maripôsa Cansanção (Aline Pinheiro).
17 horas: 1. Chegada ao Sítio do Judas, no Centro Cultural do Araripe, onde o traidor permanecerá até a hora de seu julgamento e malhação, sob a vigilância dos Caretas; 2. Tradicional roubo do Sítio do Judas: Os Caretas vigiam o sítio montado e açoitam com chicotadas os que ousarem roubar. A façanha é sair do sítio sem apanhar (e com o roubo).
19 horas: 1. Leitura do Testamento do Judas; 2. Malhação do Judas, com show pirotécnico e artistas circenses.
20 horas: Forró pé-de-serra com Luizinho Brega Star, Sílvio Clay e Trio Flor do Pequi.
22 horas: Encerramento.

Os dias da Semana Santa


Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a da entrada de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalem como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenarão à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras.

Segunda-Feira Santa

É o segundo dia da Semana Santa. Onde o Nosso Senhor dos Passos começa sua caminhada rumo ao calvário.

Terça-Feira Santa

É o terceiro dia da Semana Santa.

Quarta-Feira Santa

É o quarto dia da Semana Santa. Encerra-se na Quarta-feira Santa o período quaresmal. Em Algumas Igrejas celebra-se neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebra o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo

Quinta-Feira da Ceia

É o quinto dia da Semana Santa. Neste dia é relembrada especialmente a Última Ceia. É realizada nas catedrais diocesanas, a Missa de Crisma, onde o Bispo diocesano santifica o óleo dos Catecumenos e dos Enfermos e consagra o óleo de Crisma que será usado por todas as paróquias de sua diocese durante um ano até a próxima Quinta-feira Santa, onde o óleo que restou do ano seguinte é queimado. Para a consagração de Crisma, o Bispo pede a Jesus que envie o Espirito Santo Paráclito, para que torne o óleo santo e que todas as pessoas ungidas com ele se tornem "soldados de Cristo". A Tarde, após o pôr-do-sol, é celebrado a Missa de Lava-pés, onde relembra o gesto de humildade que Jesus realizou lavando os pés dos seus doze discípulos e comendo com eles a ceia derradeira. É neste momento que Judas Iscariotes sai correndo e vai entregar Jesus por trinta moedas de prata. É nesta noite em que Jesus é preso, interrogado e no amanhacer da Sexta-feira assoitado e condenado. A igreja fica em vígila ao Ssmo. relembrando as sofrimentos começados por Jesus nesta noite. A igreja já se revente de luto e tristeza desnudando os altares, quando é retirado todos os enfeites, toalhas, flores, velas, tudo para simbolizar que Jesus já está preso e consciente do que vai acontecer.

Sexta-Feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão

Este é o momento onde a Igreja recorda a Morte do Salvador. É o único dia que não se celebra a Missa e não há consagração das hóstias. É celebrado a Solena Ação Litúrgica, Paixão e Adoração da Cruz onde inicia-se com a equipe de celebração entrando em silencio, e o padre se prostrando no altar em sinal de humildade e de tristeza. É realizada a narrativa da paixão, que narra os acontecimentos desde quando Jesus foi interrogado, a Oração Universal, que reza polos que não crêem e Deus e em Cristo, pelos Judeus, pelos poderes públicos, dentre outros, e a Adoração da Cruz. Há comunhão, mais as partículas não são consagradas na sexta, se consagra uma quantidade maior na quinta-feira, seu nome antigo é comunhão dos pré-santificados. A noite tradicionalmente é realizada a Procissão do Enterro. Algumas Igrejas relembram as sete dores de Maria e encenam a descida da Cruz.

Sábado da Vigília ou Sábado da Aleluia

É o dia que antecede a ressurreição de Jesus Cristo, dia dedicado a oração junto ao túmulo do Senhor Morto. Nesta noite, é celebrada a Vigília Pascal, a vigília de todas as vigílias. Nela acontece a benção do fogo novo, a Proclamação da Páscoa e a Renovação das Promessas do Batismo. Com o fogo novo se acende o Círio Pascal, que representa a vida nova em Jesus Cristo.

Domingo de Páscoa

É o dia da ressurreição de Jesus, e a comemorações mais importantes do cristianismo, que celebra a vida, o amor e a misericórdia de Deus. Este é o último dia do Tríduo Pascal e em muitos locais do mundo, nomeadamente no Brasil em muitas regiões de Portugal, marca o último dia da Semana Santa.


Encerramento da Mostra Artística da Teia Brasil 2010/participação do "coletivos camarada"

Cortejo e espetáculo na noite de domingo, 28 de março, na orla de Fortaleza, marca o êxito das atividades

A festa de encerramento da Mostra Artística da Teia Brasil 2010 - Tambores Digitais foi realizada na noite deste domingo, 28 de março, na orla de Fortaleza. O Cortejo da Cidadania Ebulição dos Libertos - homenagem ao jangadeiro Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar, que iniciou o movimento de liberdade aos escravos quatro anos antes da Lei Áurea -, caminhou por cerca de três quilômetros.
Puxada por grupos artísticos de Pontos de Cultura, a comitiva animou a todos que assistiam a sua passagem. Além dos participantes do 4º Encontro Nacional de Pontos de Cultura e dos dirigentes do Ministério da Cultura, a população local e os turistas, que mal sabiam o que estava acontecendo, acompanharam a manifestação ao longo do calçadão: “É lindo de se vê!”, afirmou a feirante Vagna.
Afro Música, Balada Carbono, Batuqueira, Boi Juventude, Capoeira Angola é Ouro, Conexão Felipe Camarão, Cordão de Ouro, Cuca, Maracatu Estandarte de Ouro, Maracatu Sol, Maracatu Nação Axé, Maracatu Nação Axé de Oxossi, Congado Moçambique Estrela Guia, Multiplicadores de Música e Povo da Música estão dentre os que participaram da marcha festiva.
Nas janelas dos prédios situados à beira-mar, muitos moradores curiosos tentavam interar-se sobre o que ocorria. Sob uma forte chuva e na mistura envolvente de diversas expressões artísticas - música, dança, circo -, o cortejo seguiu empolgando até o palco montado no aterro da Praia de Iracema, onde os espetáculos seriam promovidos.
“É muito bom a gente se envolver com a cultura do Brasil”, afirmou a jovem Maria Tainara, integrante do Ponto de Cultura Maracatu Nação Axé de Oxossi, da capital cearense. Sobre as atividades realizadas na instituição, garantiu que ”ensaia muito para se apresentar bem bonito para as pessoas”. Já dona Maria de Fátima, outra integrante do grupo que existe há quatro anos, disse achar “muito importante e bonito o que está acontecendo porque no Ceará são poucos que dão valor ao Maracatu”.
Programação Artísticocultural
Ao todo, 88 atividades realizadas pelos Pontos de Cultura compuseram a Mostra Artística da Teia Brasil 2010, desenvolvida entre 25 e 28 de março, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e outros locais. A rica diversidade cultural do Brasil estave representada em várias formas de instrumentais - tambores, repiques, berimbaus, pífanos -, e em manifestações como o bumba-meu-boi, congado, repente, cordel, afoxé e hip hop, para citar alguns.
Costumes herdados, descobertos, escolhidos e, sobretudo, transmitidos de geração a geração. A comunicação aliada com a novas mídias digitais, diversos segmentos tiveram lugar na quarta edição dessa festa da cultura brasileira, que se encerra em 31 de março. Cerca de quatro mil participantes estão envolvidos no  compartilhamento das ações dos mais de 2.500 Pontos de Cultura do país.
Os representantes dessas instituições de todas as regiões se mobilizam durante o evento em Fortaleza para firmar parcerias, dividir experiências e descobrir a melhor maneira de construir e consolidar políticas públicas necessárias à valorização dos saberes e das tradições. No final, como resultado, haverá o entrelaçamento e a formação de uma grande teia na busca do fortalecimento das nossas raízes culturais.
Leia, também, a seguinte matéria: Abertura da Teia 2010.
(Texto: Sheila Rezende, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: André Goldman e Marina Cavalcante/Ad2m Comunicação)

fonte:http://www.cultura.gov.br/site/2010/03/30/teia-brasil-2010-2/

Aquariano, logo existo!


Luiz Domingos de Luna*
Outro dia eu estava bem sentado no meu planeta natal-Aquarius, quando de repente comecei a pensar, ora, enquanto estava pensando, descobri que em Aquarius não se pensa, logo o pensar não existe, diante desta situação vexatória, passei do chip dos humanos para o dos aquarianos, foi um impacto muito forte, pois, a partir do momento do transplante todo pensamento sumiu, o chip aquariano é tão somente uma gravação que remonta a Big Bang, o tempo real não existe, um barulho ensurdecedor, são fatos ocorridos, tudo bem encaixado em uma seqüência perfeita.
-  Quando a bateria que fornece energia parar – Como é que fica? - coloca-se uma nova, - Quando o chip pifar?- Coloca-se um novo. – O novo é atualizado?– Não, porque isto nunca acontece. Em Aquarius o tempo real não existe. Tudo é feito para a eternidade. Uma energia contínua que clona qualquer pensamento e coloca no arquivo da memória.
 - Nós somos como o sol a energia que consumimos é a mesma que produzimos, logo, matematicamente, o zero seria sempre o nosso referencial para o inicio, o meio ou o fim.
Os humanos para existir, precisam pensar, e nós? - Nós precisamos apenas da matéria escura, sempre na matéria escura nós temos o formato, sem a matéria somos diluídos no espaço sideral, pois o nosso campo gravitacional é inverso ao que você conhece.
-E eu, finalmente, sou um terrestre ou um Aquariano? - O dois? - como assim? - você funciona na matéria clara e na escura.
-Existem outros que também são assim?
-Sem dúvida
-Alguma dúvida
-Todas
-Alguma certeza
-Nenhuma
-Mas é assim que a coisa funciona.
* Professor, Aurora – Ceará.
 

terça-feira, 30 de março de 2010



FESTA NO PINK FLOYD BAR Horário: 3 abril 2010 às 21:00 a 4 abril 2010 às 4:00
Local: PINK FLOYD BAR
Organizado por: Kaika Luiz
Descrição do evento:
Festinha bacana pra animar a nossa Semana Santa, dia 3 de abril, a partir das 21h, no Pink Floyd Bar, com as seguintes atrações:
BAIXA GRAVIDADE
DJ DICK
BANDA NIGHTLIFE

Programa Instrumental & Qual - O Som da Terra nº 7 recheado de sons brasileiros


Todas as quartas-feiras, das 14 às 15 horas, os aficionados por música instrumental têm encontro marcado com o Instrumental & Qual – O Som da Terra, programa especializado no ramo, cuja característica é a diversificação no tocante a gêneros, ritmos, tendências e origens. Mas, cada vez mais, o programa dá destaque à música brasileira por acreditar na excelência dos compositores e músicos aqui surgidos. Das quinze músicas selecionadas para o programa desta quarta, dia 31 de março, nada mais nada menos do que onze são brasileiras ou executadas por músicos brasileiros. Isso é apenas um dos sintomas que indicam que a música brasileira é uma das mais ricas e apreciadas do mundo.

Salve o Brasil! Salve a música brasileira!

Roteiro musical
1. Abertura: Head For Backstage Pass (Wilbur Bascomb), com Jeff Beck
2. Honeysuckle Rose (F. Walter e A. Razart), com Toots Thielemans
3. Saudade da Bahia (Dorival Caymmi), com Raul de Barros
4. Mestre Bimba (Luiz Eça, Bebeto e Hélcio Milito), com Michel Legrand
5. La Mer (C. Trenet e Bretton), com Ray Conniff
6. Pedacinho do Céu (Waldir Azevedo)
7. La Cumparsita (Paulo Moura)
8. Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), com Orquestra Tabajara
9. Água de Beber (Tom Jobim e Vinícius Moraes), com Quarteto Maogani
10. Perto do Céu (Ulisses Rocha)
11. Amigo (Lula Cortes e Lailson)
12. O Passeio da Boa Vista (Dado Villa-Lobos e Renato Russo), com Legião Urbana
13. Malacaxeta (Pepeu Gomes), com Pepeu e Armadinho
14. Maria Bonita (Agustin Lara), com Orquestra Super OARA
15. Encerramento: Mr. Funky Samba (Jamil Joanes), com Banda Black Rio

O programa Instrumental & Qual é transmitido às quartas-feiras, às 14 horas, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e Internet (cratinho.blogspot.com), e retransmitido pela Web-Rádio Chapada do Araripe (http://www.chapadadoararipe.com/), às sextas-feiras, 21 horas.

Fique ligado!

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult, com apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020.
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias.
Apoio logístico: Guilherme Farade e Amilton Som - CDs, DVs e Acessórios.
Apresentação: Carlos Rafael Dias.
Operador de Áudio: Iderval Silva.
Operador de transmissão: Iran Barreto.
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão.
Diretor da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga.

III Mostra de Música Petrúcio Maia

Inscrições abertas para a III Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia

A novidade é que entre os participantes serão selecionados os músicos que vão se apresentar na 9ª edição da Feira da Música

A III Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia, realizada pela Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), e pela Associação dos Produtores de Disco do Ceará (Prodisc), está com inscrições abertas. Podem se inscrever músicos ou grupos musicais residentes em Fortaleza de qualquer gênero ou estilo musical. Para participar basta preencher uma ficha de inscrição e apresentar o material exigido no regulamento da Mostra .
A ficha de inscrição será posteriormente disponibilizada no portal da Prefeitura (www.fortaleza.ce.gov.br), da Secultfor (www.fortaleza.ce.gov.br/cultura) e no site da Feira da Musica (www.feiradamusica.com.br).

As inscrições podem ser feitas até 9 de abril, de 9h às 17h, na Secultfor e na Prodisc. Os trabalhos inscritos serão avaliados por uma Comissão de Seleção que irá escolher 54 músicos e/ou grupos musicais para se apresentar na III Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia. Cada selecionado receberá um cachê de R$ 1 mil. A novidade desta edição da Mostra é que entre os participantes serão selecionados os 12 músicos e/ou grupos musicais de Fortaleza que farão shows na 9ª edição da Feira da Música, um dos principais eventos da música independente do País.

A III Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia será um grande painel da produção musical de Fortaleza, sem qualquer restrição de gênero ou estilo musical, acolhendo trabalhos de orientação vocal ou instrumental, popular ou erudita, tradicional ou experimental. O evento será realizado em três edições, em importantes equipamentos culturais, contribuindo para a recuperação da função social dos espaços públicos da cidade. A primeira etapa será de 7 a 9 de maio, a segunda de 21 a 23 de maio e a terceira de 4 a 6 de junho.

A Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia foi criada a partir da demanda do Orçamento Participativo de 2005 e consolida-se nesta terceira edição em seu propósito de valorizar e dar visibilidade à produção musical de grupos e artistas do município de Fortaleza. Foram realizadas duas edições, nos anos 2006 e 2007, e em 2010 o evento é retomado sob novo formato e maior amplitude, inserindo-se na programação da Feira da Música, que será realizada de 18 a 21 de agosto

. Serviço:Inscrições para a III Mostra de Música de Fortaleza Petrúcio Maia
De 10 de março a 9 de abril
Local: Secultfor (Rua Pereira Filgueiras, 4 – Centro) ou Prodisc (Rua Engenheiro Plácido Coelho Junior, 180 – Vicente Pinzon)
Mais informações: 3262-5011-
- Isabelle Câmara e Bárbara Holanda (8899.8705)
Assessoria de Imprensa da Secretaria de Cultura de Fortaleza - Secultfor (3105.1386)
Prefeitura Municipal de Fortalezawww.fortaleza.ce.gov.br/cultura

fonte:http://musicadoceara.blogspot.com/

domingo, 28 de março de 2010

Ibiapina: O Homem: Luiz Domingos de Luna


 
Aurora, 28 de março,2010.
 
Ibiapina: O Homem
Transcrição: Luiz Domingos de Luna*
Padre José Antonio de Maria Ibiapina, assim assinava aquele que o povo chamava de mestre Ibiapina, o maior missionário do Nordeste. Cujo centenário se celebrou em 1983. Hoje em dia ele está quase totalmente esquecido, mesmo no Nordeste, salvo em algumas comunidades rurais muito tradicionais em que se mantêm algumas devoções recomendadas por ele ou nas imediações de Santa Fé, perto de Arara, na Paraíba, onde foi sepultado. Cada ano em Santa Fé no dia 19 de fevereiro uma piedosa romaria reúne os últimos os últimos devotos do Padre Mestre.
Nada mais injusto do que o esquecimento em que caiu o grande missionário do sertão do Nordeste. Se tivesse tido continuadores, a face da igreja no Nordeste e no Brasil teria podido ser diferente. Mas a circunstância histórica não lhe foi favorável. Depois do Vaticano I, no Brasil a igreja entrou nos rumos da romanização e do ultramontanismo. Os bispos pediram a ajuda de religiosos europeus formados na mais estrita observância do Ultramontanismo. A Herança pastoral autóctona foi abandonada. Em torno à figura do maior e dos mais originais dos missionários do Nordeste, criou-se um silêncio de quase reprovação.
Ibiapina nasceu em 1806 numa fazenda perto de Sobral, no Ceará. O Seu pai era escrivão o público.   Seu pai teve parte ativa na revolução de 1824, conhecida como confederação do Equador, e foi fuzilado. O Seu irmão mais velho. Pela mesma razão. Foi preso na ilha de Fernando de Noronha onde morreu misteriosamente. Estudou dois anos no seminário de Olinda de 1823 a 1825. Mas não se entrosou e saiu. Entrou na faculdade de direito recém fundada e formou-se aos 26 anos, assumindo imediatamente a cadeira de direito natural na escola de direito.
No ano seguinte, aos 27 anos, ele é juiz de direito e chefe da polícia em Quixeramobim. Aos 28 é eleito deputado federal na constituinte de 1834. (...) Em 1855, dois anos depois da ordenação, deixa o Recife definitivamente para buscar a sua vocação no sertão. Deixa a igreja instalada da capital pernambucana que a ninguém para buscar o povo de Deus perdido nesse interior interessa. Então começa a sua vida missionária. Os últimos 28 anos de sua vida  vão fazer uma extraordinária carreira de missionário.
De 1860 a 1876 foram os anos da vida itinerante. A partir de 1876, Ibiapina, paralisado, instala-se em Santa Fé, continuando a dirigir asa suas  fundações à distância. Aí morre em 1883.
É mestre de Ordem, Ordem Santa Cruz, - Penitentes - Forania do Aurora no Estado do  Ceará, aos 28 dias do mês de março, 2009.
Bibliografia:
Ibiapina José Antonio de Maria, 1805 – 1883
                 Instruções espirituais do Padre Ibiapina/ José Comblin {organizador} – São Paulo: Ed. Paulinas, 1984.

A PAIXÃO DE CRISTO QUE SERÁ ENCENADA EM SENADOR POMPEU/CE NO DIA 02 DE ABRIL DE 2010 – Ainda terão os Caretas



No dia 02 de abril, sexta-feira santa, o dia mais sagrado para os cristãos no mundo inteiro, é dia de apresentação da peça a PAIXÃO DE CRISTO NO SERTÃO, encenada pelo grupo artístico Cia. Engenheiros da Arte, formado principalmente por jovens artistas do Distrito de Engenheiro José Lopes, onde ocorrerá a encenação do espetáculo, que fica a cerca de 16 km da sede de Senador Pompeu. Na verdade a programação na sexta-feira será a seguinte:

Pela manhã – Cortejo dos Caretas no Distrito Codiá
Pela tarde – Cortejo de Caretas no Bonfim Km20
20:00h - Apresentação da Paixão de Cristo no Sertão em Engenheiro José Lopes.
Continuando no dia seguinte, sábado de aleluia:

07:00h – Torneio de futebol no Engenheiro José Lopes0
09:00h – Cortejo dos Caretinhas pelas ruas de Engenheiro José Lopes
15:00h – Encontro dos Mestres dos Saberes e Fazeres;
17:00h – Cortejo dos Caretas nas ruas de Engenheiro José Lopes;
18:00h – Apresentações culturais;
20:30h – Circulo dos Caretas e malhação do Judas
22:00h – Programação Musical
Como o grupo mesmo denomina o grande evento cultural é o encontro do SAGRADO COM O PROFANO, resgatando a própria origem do teatro na antiga Grécia, quando, segundo dizem, nasceu o teatro, numa grande festa religiosa. A história se repete dessa vez na comunidade de Engenheiro José Lopes, em Senador Pompeu, Estado do Ceará. Tem sido tradição.

A festa sagrada e profana dura uma semana, tendo seu ponto alto na sexta-feira santa e no sábado de Aleluia. Todavia é fruto de ensaio o semestre inteiro, envolvendo todos os habitantes do Distrito de Engenheiro, através de oficinas, ensaios da peça, confecção de cenário, do figurino, de forma direta e indireta envolvendo uma comunidade inteira, através da arte, da cultura. A saber:

Elenco: 44 jovens atores e atrizes
Produção: 12 pessoas
Costureiras: 05 costureiras da Fábrica Comunitária
Artesãos: 05 artesãos
Foto-cinegrafistas: 03
Assistentes: 05
Alimentação: 03

Total: 77 pessoas envolvidas diretamente

Indiretamente, envolve todas as famílias dos atores, escolas, associações, todo comércio, transporte, alimentos e hospedagem, que passam a orbitar o grande evento cultural.



O sagrado fica por conta da encenação da Paixão de Cristo, que tanto significado tem para os cristãos e pseudos-cristãos. Há o poder político opressor, há o humanismo de cristo, há a traição de Judas, há o romano invasor, há o fariseu que se vende para o romano, há Maria Madalena, há a tortura, há o terror, há aquele que lava as mãos, há o homicídio, há a pena de morte através da crucificação! Há a doce maternidade, há a solidariedade, há a politicagem.... Ainda há o bom e o mau ladrão, coisa que não falta no Brasil. Tudo que pode ser transportado para os dias modernos. Bastando fazer uma releitura e perceber que os mesmos personagens continuam vivos no dia-a-dia de todos, ao redor de todos.

Já o PROFANO fica por conta dos caretas, que se apresentam há quase 70 anos na comunidade de Engenheiro José Lopes. Um antigo costume na comunidade de Engenheiro. Uma antiga tradição da cultura ibérica, que já existia na Europa: em Espanha e Portugal. Os caretas foram muitas vezes perseguidos no Brasil imperial. O Judas malhado pode ser um político, um assassino, o mosquito da dengue... algo que a população odeie! Inspiração é o que não falta para criar o boneco de Judas, seja nacional, seja estadual, seja municipal, seja distrital... Eis o perigo do profano aos que estão no poder, nessa fronteira entre o sagrado, o profano, o povo, seja eleitor, seja o fiel da religião, pode malhar politiqueiros, os que julgam traidores, pois Judas é sinônimo de traição! Mais do que um homem, símbolo! QUAL O DIFERENCIAL que o turista pode encontrar indo assistir ao espetáculo em Senador Pompeu? Na verdade são vários diferenciais:

1) Os caretas são os próprios habitantes da comunidade;
2) A maioria dos atores são de Engenheiro José Lopes;
3) Todo o figurino é elaborado por costureiras do Distrito;
4) Todo o cenário é confeccionado por maioria das pessoas da comunidade;
5) Conviver com o povo bem o interior do sertão;
6) Uma experiência sociológica riquíssima;
7) Local e fatos excelentes para fotógrafos e documentaristas;
8) Pode-se hospedar na própria comunidade ou na sede em Senador Pompeu;
9) Sentir de perto a fé e a luta de um povo por dignidade;
10) Ver de perto tudo que lembra uma clássica tragédia grega;

A direção do grupo e do espetáculo e do ator, poeta, produtor e militante cultural Fran Paulo, com ampla experiência na montagem de teatro de rua, em teatro fechado, festivais e grandes eventos. Quem se interessar em ver o espetáculo pode entrar em contato através de:

http://www.institutocasarao.blogspot.com/ - Blog onde pode-se ler mais sobre o espetáculo e o grupo, comunicando-se através de comentário;


Contato com diretor pelo telefone: 0xx 88 9916 5994

fonte:http://valdecyalves.blogspot.com











sexta-feira, 26 de março de 2010

CARIRI ENCANTADO RECEBE ALEMBERG QUINDINS



Alemberg Quindins, diretor-presidente do projeto Fundação Casa Grande, no município de Nova Olinda, ou Memorial do Homem Kariri, será o entrevistado do programa radiofônico “Cariri Encantado”, nesta sexta-feira, dia 26
Com uma dedicação admirável, Alemberg transforma a vida de crianças carentes neste maravilhoso projeto reconhecido no mundo inteiro por utilizar as habilidade naturais da gurizada nos laboratório de produção das mais diversas mídias, como rádio, TV, quadrinhos, vídeos, etc. A música, dentre outras artes, é cultivada dentro desse mesmo projeto.
A conversa vai ser das boas! A música? Ah! Vamos ouvir fonogramas do grupo de jazz “A Banda”, com músicos que desde crianças estão por lá.
Imperdível!

SERVIÇO:
Programa Cariri Encantado
Rádio Educadora, 1020 – na internet: www.cratinho.blogspot.com
Sexta-feira,26.03 – A partir das 14 horas
Produção: Oca-Officinas de Cultura, Arte e produtos derivados e Revista Virtual CaririCult
Apresentação: Luiz Carlos Salatiel
fonte:http://cariricult.blogspot.com/

A Casa Grande no Rio de Janeiro

 
A itinerância da exposição Casa Grande – Uma Viagem aos Encantos da Chapada do Araripe retornaram ao Cariri nesse dia 16 de março, e já estão reorganizando as malas para seguir  com a turnê ao Rio de Janeiro, que será neste mês de abril. Eles irão com o mesmo objetivo, fazer intercâmbio divulgando o turismo e a cultura da região.


--
Valesca Moura
88 3546-1333
88 99095379
www.fundacaocasagrande.org.br

quinta-feira, 25 de março de 2010

Crato festeja o dia mundial do Teatro com semana voltada as artes: Por Dihelson Mendonça

O dia mundial do Teatro é comemorado dia 27 de março. Em virtude disso o Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva realiza até o próximo domingo, 28, a sua I Semana C [Crato, Cultura e Cia] de Teatro. O Evento conta com a participação das principais Companhias de Teatro do Município do Crato como a Cia. Cearense de Teatro Brincante, Cia. Anjos da Alegria Produções Infantis, Cia. Circo de Sopé entre outras. Além de Espetáculos a programação ainda contempla as artes visuais com exibições de filmes com a temática voltada para teatro, discussões sobre o fazer teatral na região do cariri com o “Teatro em Debate” e Palestras. O projeto traz como proposta principal a promoção de um intercâmbio entre os grupos de Teatro do Cariri, abrindo espaço para debates e reflexões sobre as diferentes linguagens artísticas encenadas atualmente.

Esse evento, é uma realização da Prefeitura Municipal do Crato por meio da Secretaria da Cultura, Esporte e Juventude em parceria com o SESC-Crato, Circo de Sopé e Sociedade Cariri das Artes. Informações sobre a programação completa: ligue para a Secretaria de Cultura 3523-2365 ou acesse www.crato.ce.gov.br.

fonte: http://cariricult.blogspot.com/

O Eterno Patriarca da Ordem Santa Cruz- Padre Cícero Romão Batista/ Por: Luiz Domingongos de Luna


 
Aurora, 24 de Março,2010

O Eterno patriarca da Ordem Santa Cruz no cariri, Cícero Romão Batista, fonte de luz perdurará por muitos anos, séculos (...), A atuação contínua do Padre Cícero dentro de parâmetros exclusivos foi responsável pela gravitação da diocese do Crato criada pela Bula “CATHOLICAE ECCESIAE” de sua santidade o papa Bento XV, do dia 20 de Outubro de 1914. Em 07 de março de 1875 o primeiro bispo do Ceará D. Luiz Antonio dos Santos abre o seminário do Crato. No dia 1º de janeiro de 1916, dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva toma posse na diocese do Crato .Com Relação  a Cícero Romão Batista, ordenado sacerdote na Igreja da Prainha, em fortaleza, por Dom Luiz Antonio do Santos 1º bispo do Ceará, celebrando sua primeira missa por escolha própria no dia 24 de dezembro de 1871 em juazeiro, sendo entronizado capelão da Capela de N. Senhora das Dores, em Juazeiro no dia 26 de setembro de 1872. Por indicação do primeiro bispo do Ceará D. Luiz Antonio dos Santos Vez que somente no dia 13 de maio de 1881 D. Luiz Antonio do Santos deixou o Ceará onde foi preconizado arcebispo da Bahia.Pelo que consta até esta data as relações com a Santa Igreja de Roma e o Padre Cícero Romão Batista foram transcorridas de forma natural e espontânea, inclusive no dia 28 de agosto de 1884, D. Joaquim Vieira, 2º bispo de Fortaleza, benze a nova igreja de N. Senhora das Dores e sagra a pedra do Altar-mor, em 22 de abril 1886 é feita a instalação do sacrário permanente da igreja Nossa Senhora das Dores.“Considerando que a abolição da escravidão no Ceará foi antecipada em 04 anos a nacional, Considerando que não existia uma política estadual de inclusão dos “libertos” entra neste filão em defesa dos excluídos” escravos libertos” como o falecimento do primeiro patrono da Ordem Santa Cruz no Ceará, Padre José Antonio Maria Ibiapina, assume o patronato o Pe Cícero Romão Batista que, como segundo patrono da Ordem Santa Cruz assume toda sorte da problemática social o da exclusão do estado de uma política de integração do homem do campo e os Libertos a vagar em Canudos sob as diretriz de Antonio Vicente Mendes Maciel, que a pisada do Estado federal, os excluídos encontraram guarida em Juazeiro do Norte na pessoa do Patrono da Ordem Santa Cruz – Padre Cícero Romão Batista. A Omissão do Estado à época causou inúmeros problemas para a igreja Secular, principalmente para a diocese do Crato no cariri Cearense, como para a Ordem Santa Cruz – Penitentes - Santa Igreja de Roma.O Filho ilustre do Crato Cícero Romão Batista assumiu toda dor do nordestino desgarrado, inclusive dando guarida a todos os irmãos da ordem e afins.Uma diocese recém criada no Crato que precisava de toda uma estrutura de hierarquia para o seu desenvolvimento e integração da região no caldeirão de uma sopa cultural social e religiosa com a cobrança de um estado que nada oferecia, mas tudo cobrava não uma cobrança normal mais uma cobrança opressora e repressiva.O Que fez a Santa Igreja de Roma diante da opressão do estado brasileiro para com os desvalidos do nordeste brasileiro?Creio que diante da inoperância do estado a igreja começou a punir os seus, não por vontade ou ódio, mas por força de um estado opressor, ameaçador e selvagem. O Objetivo deste artigo não é de ser o dono da história ou da verdade, a pretensão única é analisar os fatos históricos, religiosos e sociais com fundamentação teórica para novas problematizações e questionamentos.
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Bibliografia O Padre Cícero por ele mesmo, Terezinha Stella Guimarães e Anne Dumoulim, Editor Vozes, 1983, Petrópolis, Rj Brasil. Álbum Histórico do Seminário Episcopal do Crato, Em comemoração ao cinqüentenário de sua fundação 1875 – 1925 Rio de Janeiro TVP Rvp dos Tribunes-Rua d Carmo, 55.Histórico da Diocese do Crato - Jubileu de Diamante da diocese Sob o governo de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos, Mons. Raimundo Augusto, 1988 Crato Ceará. Instruções Espirituais do Padre Ibiapina, José Comblin Edições Paulinas, 1984.
*É Mestre de Ordem, Ordem Santa Cruz – Penitentes – Santa Igreja de Roma, forania de Aurora aos 24 dias do mês de março, 2010.

Prêmio FUNARTE Intercâmbio Nacional em Artes Visuais - em Juazeiro do Norte e Barbalha, até 07 de abril/Por Allan Rosa

somos artistas e educadores aprendizes, do verbo e da fotografia,e estamos agora em juazeiro.
girando as articulações finais para as atividades do prêmio nacional da funarte/ministério da cultura, que acontece de 18 de março, até 07 de abril no cariri.
semeando e frutificando pelo sesc, pela urca-barbalha, pela federal de juazeiro do norte e por uma escola pública ainda a confirmar.  na trança vem oficinas de literatura, oficina de fotografia pinhole, oficinas específicas para educadores, debates sobre relações entre a imagem e a palavra na arte-educação e a confecção de um livreto a ser lançado na abertura da exposição no sesc, em 06 de abril.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ritmos brasileiros em destaque no programa Instrumental & Qual - O Som da Terra nº 5

Programa radiofônico de música instrumental transmitido às quartas-feiras, 14 horas, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e Internet (cratinho.blogspot.com), e retransmitido pela Web-Rádio Chapada do Araripe (http://www.radiochapadadoararipe.com/), às sextas-feiras, 21 horas



No Brasil existem muitas manifestações musicais. Uma linha é especialmente encantadora: a música instrumental brasileira.

A mistura de samba, frevo, maracatu, xote, maxixe, xaxado, forró, baião, com o jazz, se manifestou por aqui com mais flexibilidade na chamada música instrumental brasileira, a vertente que mais comeu desse pasto e bebeu dessa fonte multicultural.

Sendo assim, vale considerar que a vanguarda do mundo no campo da música éramos nós já há 30 ou 40 anos. Isso, quando surgiram grupos como Som 4, Sambrasa Trio e Quarteto Novo. Propositadamente, a citação desses grupos deve-se ao fato de que o magistral músico instrumentista Hermeto Pascoal fez parte deles.

A música instrumental brasileira é revolucionária. Isso se constata ouvindo. Enquanto alguns estilos musicais são tão populares porque grudam logo nas primeiras audições, a improvisação musical tem como mola-mestra um caráter criador do ouvinte.

Ouvir música não deveria ser uma atividade banal. Fazer música menos ainda.

(Excertos adaptados do artigo “A música que poucos ouvem”, de Felipe Obrer).

Roteiro musical
1. Desafinado (Tom Jobim), com Eliane Elias
2. Fragile (Sting), com Freddie Hubbard
3. Forró Brasil (Hermeto Pascoal)
4. You've Got to Hide Your Love Away (Lennon e McCartney), com Rick Wakeman
5. Vira e Mexe (Luiz Gonzaga)
6. Gréia (Jefferson Gonçalves e Kleber Dias), com Jefferson Gonçalves
7. I Have a Dream (Herbie Hancock)
8. Estesia (Dihelson Mendonça)
9. Bebê (Hermeto Pascoal), com Eumir Deodato
10. Honeysuckle Rose (F. Walter e A. Razart), com Toots Thielemans

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult, com apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020.
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias.
Apoio logístico: Guilherme Farade e Amilton Som - CDs, DVs e Acessórios.
Apresentação: Carlos Rafael Dias.
Operador de Áudio: Iderval Silva.
Operador de transmissão: Iran Barreto.
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão.
Direto da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga.

Fique ligado!

segunda-feira, 22 de março de 2010

A RAPADURA CULTURAL

Em verdade em verdade vos digo, o Programa Rapadura Cultural, do município cearense de Crato, com pouca grana, está fazendo mais em defesa das expressões de criação popular do que toda a Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas, cujo orçamento estratosférico é usado pelo seu titular, Berinho Braga (BB) para, entre outras coisas, trazer a Manaus os integrantes do Big Brother Brazil (BBB) em eventos que ele organiza como o Amazon Film Festival. Provo o que digo, mas antes esclareço.
O programa cearense não podia ter melhor nome, pois a rapadura, embora difícil de roer, é doce e nutritiva. Feita do caldo da cana, essa comida de pobre aparece, hoje, como suplemento alimentar indispensável nos cardápios regionais da merenda escolar do Nordeste. De baixo custo, é um produto energético com ferro, cálcio, potássio, fósforo, vitaminas, sais minerais e – imaginem só! - até riboflavina que, na minha santa ignorância, não sei bem o que diabo é, mas me asseguram que é a vitamina B2.
Consciente de que coenzimas da riboflavina são essenciais para converter a piridoxina e o ácido fólico (Eraste! Eu, hein, Rosa! Vade retro, Satanás!), uma empresa alemã, em 2006, registrou a rapadura como marca registrada de sua propriedade. Houve protesto em frente ao Consulado da Alemanha, no Rio de Janeiro: “A rapadura é nossa, cabra da peste” – gritavam os manifestantes, sabedores de que a deficiência em riboflavina causa rachadura na boca, língua arroxeada, coceira, pele seca, dor de olhos, inflamação da gengiva e até frieira. Aprenderam isso, visitando o Museu da Rapadura, criado pela Universidade Federal da Paraíba em antigo engenho da cidade de Areia.
Dia do Poeta
Como já deu pra sacar, não é bem sobre o Berinho BB que eu quero falar, nem sobre sua aliança com o BBB, mas sobre esse doce programa cultural que traz a rapadura no nome. Eis o que eu queria dizer: o Rapadura Cultural, criado há quase dez anos por Jorge Carvalho, um professor cabra-da-peste, é o anti-Berinho, porque divulga artistas de verdade que estão fora da grande mídia e dos mega-eventos: seresteiros, brincantes, cordelistas, forrozeiros, cantadores, mamulengueiros, palhaços, poetas marginais, compositores, violeiros - tudo gente humilde, que está longe dos holofotes.
Todo ano, no dia 14 de março – Dia do Poeta - o Programa Rapadura Cultural organiza um evento chamado ‘De Aderaldo a Patativa’, onde celebra as expressões de cultura popular. Ontem, na Praça Siqueira Campos, em Crato, a homenagem foi ao maior poeta do Ceará, Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, que se vivo fosse estaria completando 100 anos.
“Para ser poeta, não precisa ser doutor. Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor, brotada nas árvores do seu sertão” – declamava Patativa do Assaré, que em toda sua vida freqüentou a escola apenas por um semestre, mas que teve sua genialidade reconhecida pela academia. Três universidades diferentes conferiram-lhe o título de Doutor Honoris Causa.
Desde menino, o poeta trabalhou duro na roça, ficando com calos na mão pelo uso da enxada. Aos quatro anos, ficou cego de um olho. Com oito anos, trocou a ovelha do pai por uma viola. Com dezoito, viajou para o Pará, onde enfrentou peleja com outros cantadores e ficou conhecido em toda a região.
“Camões também só tinha um olho” – declarou ele, bem humorado, buscando companhia. Antes de morrer, aos 91 anos, Patativa concedeu uma entrevista, que foi reprisada esses dias pela TV Brasil, mostrando que embora não escolarizado, lia muito, conhecia os clássicos da língua portuguesa, entre os quais Luiz de Camões, Bocage, Castro Alves. Traçou até o ‘Tratado de Versificação’, de autoria de Olavo Bilac e Guimarães Passos.
O sertão é meu
Patativa ficou consagrado mesmo quando Luiz Gonzaga gravou as músicas dele, entre as quais ‘A triste partida’, que canta o drama da seca e da migração nordestina tanto para a Amazônia, na época da borracha – difícil encontrar um amazonense que não tenha sangue nordestino – quanto para São Paulo, em período mais recente. “Distante da terra tão seca, mas boa, exposto à garoa, à lama e ao paú, meu Deus, meu Deus, faz pena o nortista, tão forte, tão bravo, viver como escravo, no Norte e no Sul”.
“Cante a cidade, que é sua, que eu canto o sertão, que é meu” – ele declamava e reclamava da imagem criada pela mídia eletrônica sobre o sertão. O reconhecimento de sua genialidade, além da consagração popular, pode ser avaliado pelos estudos que estão fazendo de sua obra em universidades da França e da Inglaterra e pela representação de seus escritos em várias santuários da chamada cultura erudita, como no teatro de Amir Haddad, que montou o espetáculo ‘Meu querido jumento’ .
“Leitor ferrenho de clássicos da literatura portuguesa, não seguiu metodologias acadêmicas para elaborar seus versos, e sim sua sensibilidade. O que talhou uma arte para ter, entre outras funções, a de enfrentar as injustiças sociais, sem que sua riqueza estética ficasse abalada” – escreveu recentemente Eduardo Sales de Lima.
Ele lembra que depois da morte de Patativa, o crítico literário Mário Chamie dizia com propriedade: “Enquanto um Guimarães Rosa, um João Cabral de Melo Neto e outros escritores eruditos convertem a matéria-prima da tradição oral em alta literatura, Patativa faz o inverso, serve-se da literatura erudita para enunciar uma linguagem de comunicação direta”.
Outro poeta popular é Miguezim de Princesa, paraibano radicado em Brasília, que já escreveu até um cordel sobre o fato recente do aborto da menina de nove anos. Em função das várias cartas de leitores sobre a coluna passada, que abordou o tema, reproduzo aqui as duas estrofes finais do citado cordel:
“Milhões morrendo de Aids: /
É grande a devastação, /
Mas a igreja acha bom /
Furunfar sem proteção /
O padre prega na missa /
que camisinha na lingüiça /
É uma coisa do Cão./
E esta quem me contou /
Foi Lima do Camarão/
Dom José excomungou /
A equipe de plantão,/
A família da menina /
E o ministro Temporão, /
Mas para o estuprador, /
Que por certo perdoou, /
O arcebispo reservou /
A vaga de sacristão”.
Poetas como Miguezim da Princesa e Patativa do Assaré merecem a homenagem mais do que justa que lhes foi feita, ontem, no Crato, atendendo plenamente os objetivos do Programa Rapadura Cultural, que é defender a cultura popular regional e estimular os artistas populares a ocupar as praças e as feiras, disseminando a beleza de sua arte e evidenciando sua importância na formação cultural do povo brasileiro. Bem que o Amazonas está precisando comer rapadura.

José Ribamar Bessa Freire - Jornalista
Jornal Diario do Amazonas
15/03/2009
ÁGUAS MORTAS
Ruy Câmara
Só agora, livre dos murmúrios que me perseguiam a eito, posso sentir o quanto é difícil cruzar a barreira da ficção enquanto a reflexão teórica ameaça danificar as imagens que se projetam adiante. Nenhuma imagem fala por si mesma. O rio morto é obra da minha paciência, hipérbole de miséria e a tumba sórdida dos esquecidos. Desceu inteiro, solitário, tristonho. Como foi ingênuo e ao mesmo tempo magnífico, levando peixes para o mar de peixes, até o fim da devoração. Já não chora enquanto escorre-se como uma lágrima ressequida sobre o cascalho do meu rosto. Já não urra mais em sonhos, nem sente a aflição do último veio que se esgota no curso do próprio silêncio. Desse veio restará apenas uma taça quase vazia, a cicuta de quem aí irá beber na sequidão do vale, até a hora do cortejo que vejo deixando a aldeia, parte do ofício da providência que não providencia.
A última campina já se foi, deu-se inteira a comer. Resta o lodo, que é o fim das águas, a solidão do homem que foge do gosto salobro de uma tarde devorada pela fome. No horizonte, aberto no desabraço das próprias asas, um pássaro perdido não sabe como se esconder no ar azul. Parece um pêndulo-negro à procura de um abrigo, ou do desabrigo que o mantém indeciso entre continuar ali pairado, ou flanando baixo até cair no solo firme. Poder emudecer ante o que vai sumindo é quase uma virtude. Flutuando sobre o cascalho, sepulcro das águas paralíticas, tudo que aí jaz, parece se acomodar tão lentamente, quanto as palavras impuras contidas na muda história dessa gente. É ingenuidade pensar que não estamos a adulterá-la.
Estamos sim, com palavras e interconectividade. Mesmo que se bastem, essas imagens precisam ser tocadas pelos vastos sentidos. Assim se acomodam e se convertem em palavras sentidas. Mas o tempo vai passando, as águas também, protelando o que na última hora será dito. Desse veio restarão umas poucas palavras poéticas, palavras cheias de perturbadoras imagens, tanto e quanto um entressonho que vai se materializando devagar, devagar, até que um sonho novo venha substituir o velho. Tudo sofre os efeitos da substituição calculada, tudo, inclusive a alacridade do meu riso.
Há poucos instantes e agora novamente indagando-me sobre isto, com a maior serenidade possível, chego à legítima conclusão de que, o caminho adiante não tem atalhos, e a metáfora do sonho pode ser a foz ou o abismo. Pelo abismo passarão só as imagens. Sem palavras todos os olhos são mudos, e as novas águas não se aperceberão na travessia. Onde puseram as palavras proféticas dos Gênios Malditos? O gênio não se expressa pelo olhar. Que o diga, Borges. As imagens ocas morrem cedo porque não se comportam bem no contexto. Mas não convém perder de vista o que vai fluindo no caminho das águas, nem é oportuno reivindicar o retorno ao passado. Sabemos nós que a natureza nem sempre reabilita sistemas extintos. Aqui cabe dizer algo menos restritivo. Para quem das águas retira o sustento, os leitos são caminhos naturais, traçados pelo Empreiteiro de todas as obras. Para quem aí navega sobre toras milenares, são os leitos que potencializam as riquezas nacionais. Para quem precisa desviá-los para gerar estoques de signos monetizados, todos os rios deveriam ser comunicantes com o Jordão. Se este é um geral desejo, os leitos mortos serão meras palavras e tão restritos quanto certos conceitos universais.
O tempo que espere, e só nos resta continuar o percurso. Mas ao invés de reprimido entre as margens estreitas de um rio paralítico, desatento à amplitude infindável da própria subjetividade, e apesar do murmúrio que revela numa curta pausa, as sombras mortas do invisível, e por toda parte há quem diga que sou uma porção dessa invisibilidade espacial, e ao mesmo tempo, parte substancial do vazio temporal que me comporta, melhor é fazer um passeio a pé pelos campos contíguos ao leito do Sono, onde poderei admirar um estranho e muito belo contraste, de um lado, o ocre enegrecido do barro petrificado em robustas colinas, e do outro, o esplendor da soagem, de cuja aparência, como é natural nessa época do ano, tinge as vastas superfícies com um colorido inimitável. Mas com o passar das águas e dos homens, tudo vai ficando banal, repetitivo e um obstáculo intransponível continuará a ser tão avassalador, quanto a fúria vingativa das catástrofes gigantescas. É melhor seguirmos a marcha. Estamos mais interessados nos signos do que nos enunciados. Contudo, não me apraz repetir o trotar barulhento dos idealistas e naturalistas.
Em tudo há incoerência, tanto que, os mais exaltados até já insinuam o extermínio humano para o bem da natureza. E aqui novamente, olhando para essas nuvens ágeis, fingidoras, sinto que é hora de fazer um balanço de consciência, antes que esta reflexão se misture às palavras vãs da lei impura, que como as toras milenares, também apodrecerá nas próximas correntezas. Mas como posso ser coerente com o meu discurso, sendo ao mesmo tempo algoz e vitima da natureza, usuário das benesses do meu tempo, e impávido como o sol outonal que despenca sobre os telhados e vai se deitar e queimar a alma de quem aí estiver, ou frio e insensível como os cavaleiros andantes, que iniciaram a longa marcha pela universalidade do poder? A marcha continua, tão firme quanto a vida frágil de quem todos os dias repete os mesmos trajetos para suster-se. Parece ser esse o destino dos rios e dos homens. Mas para que pressa, se ninguém nos espera em lugar algum? O mundo é grande, o Céu é maior.
O romancista, dramaturgo e sociólogo brasileiro Ruy Câmara ao completar 40 anos em 1990 abdicou da sua promissora carreira empresarial, encafuou-se em sua biblioteca e passou a se dedicar exclusivamente ao ofício literário. Após 11 anos de intensa produção, em 2003, ele surpreendeu o cenário intelectual com Cantos de Outono, o romance da vida de Lautréamont, que foi finalista do prêmio Jabuti 2004 e receberá no dia 22/07/2004 o prêmio nacional da Academia Brasileira de Letras na categoria de Melhor Romance de Ficção. O próximo romance, O Alfarrabista, será publicado em 2005.
Contatos: ruycamara@uol.com.br
Sítio Web: www.ruycamara.com.br/novo

O |RIO DA MINHA CIDADE

Sobre o chão onde os pajés dançavam , uma vila se formou
Todo dia longe ressoava o machado do lenhador
Ouçam os corações dos guerreiros esperando a noite
Em que os astros vão trazer a volta dos trovões


Foi há muito tempo. Quando as aguas desciam do sopé da Chapada do Araripe desenhando caminhos entre veredas, fazendo riscos cavados no chão, varando cercas e, aos poucos, engolindo outros “caminhos d`àgua”, formando riachos e afunilando um destino único para todas as águas. Onde todos os fios d`água caminhavam juntos, nascia o Rio da minha cidade. A partir daí suas águas pairavam belas, frias, serenas. Corriam calmas, como se quisesse cumprimentar as árvores à sua margem. Como se quisesse ouvir os pássaros, beijar as borboletas que nelas se miravam. Como quem quisesse lambuzar-se nas barreiras lamacentas. Era um Rio lindo.

A música das suas águas batendo nas pedras era como uma cantiga de ninar. Como o velho chchchchiado da chchchchuva chchchovendo de noite, como pingos bantendo nas telhas. Misturava-se aos silvos das cigarras quando a tarde vinha. Nessa hora suas águas ficavam com um tom vermelho amarelado. Imitava o céu onde o sol se punha. O contraste com o verde que o rodeava desenhava uma autentica aquarela. Amanhecia e lá estava êle. Sereno, calmo, dia e noite a deslizar sobre as pedras aquela limpinha e fria água trazendo o cheiro das ribeiras da serra. TCheiro de mato e barro. Tinha a musica dos pássaros e som do vento. Tinha a cor da luz do sol. Era um Rio. O Rio da minha cidade.

Dávamos nomes aos vários locais onde a água diminuía seu ritmo, formando poças onde, aos montes, tomávamos banho. Arriscávamos tudo para estar lá. Encarnávamos o D´zunhurae e simplesmente íamos ao Rio. Também pudera. Queríamos mesmo era mergulhar naquelas águas: Banho da Mata do Seu Lino, Banho do Poço da Pedra do Quebra Cú, Banho da Ponte, Banho da Barreira... eram tantos que nem lembro. Sei bem do paraíso que era para todos nós. Mas... um dia chegaram os homens trazendo a urbanidade e o progresso.

Um tambor amedrontou a mata quando o dia clareou
Na clareira respondeu a flauta um aviso de terror
Um cacique descobriu pegadas de um estranho caçador
Uma tribo foi exterminada onde o rio avermelhou...


Desde lá nosso Rio nunca mais teve paz. Nunca mais foi o mesmo Rio. Nunca mais nossa aquarela. Nunca mais nossos sonhos. Aos poucos a sua cor foi mudando. A sua beleza foi desaparecendo. As suas margens foram sumindo. Nunca mais brincadeiras. Nunca mais banhos. Nunca mais os pássaros o procuraram. Nunca mais as cigarras. Nunca mais as borboletas. Nunca mais nossos sonhos e nossa aquarela.

Antes das chuvas quando um trovão tombou das estrelas
E a selva escura viu brilhar nas mãos de um deus
Armas de estrondo e luz como avisou a lenda
Onça negra caminhou nas cinzas da fogueira que passou
Gavião voando contra a brisa viu a mancha do trator

Aos poucos suas margens foram sendo molduradas por ruas, calçadas, estradas de negro asfalto. Manchas deixadas pelo trator. A “ Onça Negra” do progresso se instalou como previa a lenda. A modernidade havia chegado.

Restou-nos a lembrança. Hoje nosso rio está quase morto. Ainda ensaia alguns suspiros quando as chuvas de inverno trazem água da Chapada do Araripe e conseguem lavar um pouco o seu leito. Depois, com a ida das chuvas ele agoniza de novo. Junto com ele agonizam as nossas lembranças, os nossos sonhos. Foi há muito tempo.

OBS-Poesia incidental “ A VOLTA DOS TROVÕES” de Braulio Tavares e Fuba.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Os encantados Zabumbeiros Cariris no Cariri Encantado


Foto: Alan Bastos

Nesta sexta, 19 de março, Dia de São José, o grupo Zabumbeiros Cariris (ZC) vai desaguar nos corações dos ouvintes do programa Cariri Encantado. Por sinal, e não por mera coincidência, o chão batido onde o ZC lançaram a semente inicial é justamente o Bairro São José, local que intersecciona Crato e Juazeiro, os dois maiores pólos dessa região encantada.

O ZC é um dos mais autênticos grupos musicais inspirados nas raízes nordestinas, em especial na musicalidade do cariri cearense.

Um dos que “tiraram fino” ao falar sobre o trabalho desta rapaziada foi o escritor José Flávio Vieira, em resenha sobre o disco de estréia do grupo:

“Eis os Zambumbeiros Cariris! Pleno de ângulos obtusos e faces pontiagudas. Traz no seu bojo toda coerência das nossas mais profundas incongruências. O Sacro/profano, o afro/indígena/ibérico, o cearense/pernambucano, o fúnebre/festivo e o romântico/erótico saltam como um saci, no terreiro de cada acorde deste disco. Os Zabumbeiros beberam nas fontes pródigas das bandas cabaçais, do reisado, do coco de roda, do baião, dos benditos, do maracatu cearense e de além-Araripe. Souberam , no entanto, destilar, desta calda sonora, um mel puro e original. Fizeram deste amálgama de sons um trampolim e se projetaram para além do simplesmente telúrico/ regional. Sua música sabe a pequi e a morango, tem o doce aroma do canavial e o acre cheiro do asfalto. Não se avexe, pois, quando a forte batida do zabumba penetrar pelos poros e vier a invadir suas artérias e sentidos. Relaxe e embarque nesta viagem futurística em busca dos nossos primórdios, em procura das fontes de onde flui nossa essência. Avançando para o começo, criançando os instantes, enquanto os Zabumbeiros nos descortinam o arcano: o estame do Som !”

Serviço
O programa Cariri Encantado é veiculado às sextas-feiras, das 14 às 15 horas, na Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e na Internet pelo site cratinho.blogspot.com. Apresentação de Luiz Carlos Salatiel. Apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste.

Se ligue!

Compositores do Brasil: Sivuca - Por Zé Nilton


Seu nome é bem nordestino: Severino Dias de Oliveira. E como todo bom músico nordestino, desses que já nascem feito, começou a vida artística através das potentes Rádio Clube de Pernambuco (que falava “para o mundo”, dizia seu pré-fixo) e Rádio Jornal do Comércio, ambas em Recife, sem antes animar as festas e as feiras de sua terra natal. Lá, recebeu a alcunha de Sivuca.

Mas, é no sudeste, destino de todos os talentos daqueles tempos, que Sivuca vai se projetar para o Brasil e para o mundo.

Sivuca difere da maioria dos músicos nordestinos por aliar seu dom musical com as teorias sobre a arte da música. Assim é que, ainda no Recife, nos fins da década de 1940, estuda harmonia com o excelente maestro Guerra Peixe.
Seus dotes (e quão consagrados dotes!) de instrumentista, arranjador, compositor e produtor vão ser realçados quando entra para a novel TV Tupi, na segunda metade dos anos cinqüenta.

De lá, vai para o mundo. Após temporadas em Paris, no Olimpia, fixa residencia na Europa, entre Portugal e França.

Mas, sua consagração internacional resulta de sua estada nos Estados Unidos, quando dirige e acompanha a famosa Miriam Makeba. Quem não se lembra do estrondoso sucesso “Pata-Pata”,de Miriam Makeba ? Seu nome completo: Zenzile Miriam Makeba, cantora sul-africana, conhecida como "Mama África", por suas lutas pelos direitos humanos e contra o apartheid . Pois esse sucesso deve-se ao nosso Sivuca, pelos arranjos e acompanhamentos na famosa música, que estourou por aqui lá pelos idos de 1969, lembram ? Nessa época é aplaudido de pé no Carnegie Hall, em Nova York.

A trajetória de Sivuca é extensa e absolutametne rica em participações com astros e estrelas do cinema e da música em todo o mundo.

Toca violão/sanfona, faz vários arranjos para orquestra de cordas e em parceria com o compositor/arranjador Nelson Riddle escreve a quatro mãos outro arranjo de uma canção escrita para Julie Andrews homenagear Vincent van Gogh. Deixa sua marca de sanfona/voz no antológico solo improvisado no disco do Paul Simon e outro no de Bette Midle. Faz parte de importante especial para a TV francesa, com Harry Belafonte e Marcel Marceau.

Sivuca é presença em todo o mundo onde o assunto seja a música de qualidade. De Copenhague, Berlim, União Soviética, Alemanha, Paris, Portugal, Recife e nos sertões do Brasil ensinou e aprendeu os segredos da arte musical. Tanto é que, em 1999 recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Paraíba.

Esse paraibano de Itabaiana, nascido aos 26 de maio de 1930, foi casado com a compositora, cantora e médica Glorinha Gadelha, natural de Sousa-Pb, aqui bem pertinho da gente.

O grande Severino Dias de Oliveira - Sivuca - não está mais entre nós fisicamente. Faleceu em 14 de dezembro de 2006, em João Pessoa. Deixou sua marca de brilhante instrumentista, compositor, arranjador. No Brasil e no exterior assinou as trilhas sonoras de belos filmes.

Sivuca, no Compositores do Brasil, nesta quinta, às 14 horas. Vale a pena lembrar do grande mestre.

No roteiro, algumas de suas bem estruturadas canções que ficaram imortalizadas na memória do povo brasileiro.

Postagem adaptada do texto do site da gravadora Biscoito Fino, de 2006

Repertório do programa de hoje, 18 de março
1. Forró e Frevo, Sivuca e Glorinha Gadelha, gravação de 1980, do LP forró e frevo
2. Reunião de tristeza, de Sivuca, gravação no Show Seis e meia, Teatro João Caetano, RJ, maio de 1977.
3. Barra vai quebrar, de Sivuca e Glorinha Gadelha Gravada pela Copacabana em 1978
4. No Tempo dos Quintais, Sivuca e Pulinho Tapajós, do LP Cabelo de Milho, gravação 1980
5. Cabelo de milho, de Sivuca e Paulinho Tapajós.do LP Cabelo de Milho, gravação 1980
6. Feira De Mangaio, de Sivuca, com Clara Nunes, regravação em CD, de 2008
7. Doce, Doce, de Sivuca e Glorinha Gadelha, participação de Glorinha Gadelha Gravada pela
8. Copacabana em 1978
9. Fôgo-pagô, de Sivuca e Humberto Teixeira Gravada pela Copacabana em 1978
10. O dia em que El Rei voltou à terra de Santa Cruz, de Sivuca e Paulinho Tapajós Gravada pela Copacabana em 1978
11. A história se repete, de Sivuca e Paulo Tapajós, Gravada pela Copacabana em 1978
12. João e Maria, de Sivuca e Chico Buarque, com Chico Buarque

Nosso Encontro, de Sivuca e Hermeto Pascoal, participação de Hermeto Pascoal Gravada pela Copacabana em 1978.

Quem ouvir, verá!

Informações:
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Sempre às quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri – 1020 kz.
Apoio: CCBN.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Júnior Érre ministra oficina na Escola Polivalente

Escola Polivalente recebe oficina do artista Júnior Érre Reaproveitar revistas velhas para fazer arte é um dos intuitos oficina ministrada pelo artista plástico Júnior Érre que está sendo realizada na EEFM Polivalente Governador Adauto Bezerra no Crato. A oficina teve início nesta terça-feira e se prolongará até o dia 19 deste mês. A oficina é fruto da parceria entre o Ponto de Cultura Mestre Noza, Coletivo Camaradas e direção da Escola.
Júnior Érre é um dos grandes nomes das artes visuais do Estado do Ceará , além de artista plástico, ele é poeta, compositor, músico e produtor cultural. Formado pelas ruas como costuma dizer, publicou seus trabalhos em muros e asfaltos, depois em fanzines como Séquiço, Fome, Ovni, Jornal Censurado e cartões poéticos. Ele é um dos artistas que tem uma preocupação técnica e discursiva nos seus trabalhos. Desde a década de oitenta, Júnior vem contribuindo para a arte e com os artistas na região do Cariri, desde a organização de eventos artísticos como na luta política da categoria. Junior Érrer já realizou e participou de várias exposições coletivas e individuais no Ceará e em outros estados brasileiros.
A direção da escola tem o objetivo com aproximar a arte para do cotidiano dos alunos. Ainda serão realizadas outras oficinas, como teatro, xilogravura, rodas de conversa com artistas e foi criado recentemente o Coletivo de Estudos e Vivências em Arte Contemporânea – COLEPOLI.

lançamento!

terça-feira, 16 de março de 2010

Instrumental & Qual - O Som da Terra nº 5


Programa radiofônico de música instrumental que será veiculado nesta quarta, dia 17/03, das 14 às 15 horas, pela Rádio Educadora do Cariri AM 1.020 e Internet (cratinho.blogspot.com) .

Roteiro musical (composições e intérpretes)
1. Bourée (Jethro Tull)
2. Woodward Avenue (Yusef Lattef)
3. Maracangalha (A Cor do Som)
4. Mountain (Chick Corea e Béla Fleck)
5. Um bilhete pra Didi (Novos Baianos)
6. Verano Porteño (Astor Piazzolla)
7. 1x0 (Pixinguinha)
8. I Wish (Najee Rasheed)
9. Serenata no Joá (Leo Gandelman)
10. Peter Gunn (Henry Mancini)
11. Trenzinho do Caipira (Egberto Gismonti)

Ficha Técnica
O programa Instrumental & Qual – O Som da Terra é uma produção das Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e revista virtual Cariricult, com apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Rádio Educadora do Cariri AM 1.020.
Redação e programação musical: Luiz Carlos Salatiel, Dihelson Mendonça e Carlos Rafael Dias.
Apoio logístico: Guilherme Farade e Amilton Som - CDs, DVs e Acessórios.
Apresentação: Carlos Rafael Dias.
Operador de Áudio: Iderval Silva.
Operador de transmissão: Iran Barreto.
Gerente do Centro Cultural Banco do Nordeste Cariri: Lenin Falcão.
Direto da Rádio Educadora do Cariri: Geraldo Correia Braga.

Fique ligado!

Plano Nacional quer dar estabilidade à cultura!

Tramita no Congresso Nacional o Plano Nacional de Cultura, que tem como objetivo dar estabilidade aos projetos destinados à difusão cultural no país, tornando obrigatório o seu cumprimento e colocando o setor entre as prioridades das grandes políticas públicas, a exemplo do que ocorre com a educação e a saúde.
Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, a aprovação, pelo Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) “vai impedir que nas mudanças de governo a área sofra descontinuidade, garantindo a evolução da gestão e do trato da cultura”.
Pela proposta, é estabelecido o fortalecimento institucional e a definição de políticas públicas que assegurem o direito constitucional à cultura, à proteção e promoção do patrimônio e da diversidade étnica, artística e cultural; à ampliação do acesso à produção; à inserção da cultura em modelos sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico e o estabelecimento de um sistema público e participativo de gestão, acompanhamento e avaliação das políticas culturais.
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