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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
contra o machismo e para os machistas!
Em países católicos como a Espanha, Itália, Portugal e em toda a América Latina, Machismo ou chauvinismo masculino é a crença de que os homens são superiores às mulheres.
A palavra "chauvinista" foi originalmente usada para descrever alguém fanaticamente leal ao seu país, mas a partir do movimento de libertação da mulher, nos anos 60, passou a ser usada para descrever os homens que mantém a crença na inferioridade da mulher, especialmente nos países de língua inglesa.No espaço lusófono, a expressão "chauvinista masculino" (ou, simplesmente, "chauvinista") também é utilizada, mas "machista" é muito mais comum
2010, novo século, nova era e os mesmos costumes, opressão por parte da igreja católica sobre outras religiões, seitas ou doutrinas, do homem branco sobre o negro, do hétero sobre o gay, do homem sobre a mulher. O que nos dá a certeza que o homem é um ser que precisa evoluir muito, para entender o que seria simples se a mente não fosse tão primitiva em alguns seres, não somos melhor que ninguém, independente da condição em que estamos aqui, estamos no mesmo sistema, pensamos, sentimos e todos somos capazes de raciocinar, inclusive as mulheres, rsrsrs!
É absurda a idéia que precisamos de uma lei que proteja fisicamente a mulher dos seus maridos, de o homem ainda achar que pode guardar a sua “honra” e por ela destruir a vida de alguém, que sejamos massacradas pelos nossos pais que ainda dão direitos diferentes a meninos e meninas, sendo que o primeiro tem mais privilégios e menos cobranças que o segundo, que sejamos vigiadas sexualmente, financeiramente, nas nossas relações de amizade e amor de forma tão pequena, tosca, arcaica.
A mulher é oprimida no seu trabalho por que se erra, e é ela uma delegada, juíza, policial, cantora,prefeita, sempre vai surgir comentários do tipo que isso é profissão para homem, mulher tem que cozinhar, e se quer trabalhar fora, que tenha uma profissão que venha para educar, não competir com os homens. Assim acontece no trânsito, no escritório com os assédios sexuais, até mesmo quando uma mulher se declara gay, a impressão dos “machos” é que ela ainda não “dormiu” com ele, tão tolos e tão violentos!
Sei que as minhas questões não são novas, vem dos tempos da minha avó, e da avó dela, talvez um assunto até já bem discutido, mas com certeza são questões que precisam estar em pauta na escola, na forma em que educamos os nossos filhos e filhas, em como nos comportamos quanto mulher, em como julgamos uma outra mulher por ela ter a coragem de ser e fazer o que em tantos casos gostaríamos de fazer também e não temos liberdade interior suficiente pra isso,em como somos omissas na defesa da mulher em "rodas" de conversas entre homens, no que pensamos em relação à felicidade, ao casamento,aos serviços domésticos, quantas mulheres são menos prezadas no seu árduo serviço caseiro,como se trabalhassem menos, no quanto nos deixamos ser manipuladas e submissas, por que é certo que a intuição e inteligência feminina nos permite perceber quando não somos tratadas com respeito, com humanidade em tantos casos. Sim, somos mães, donas de casa, esposas, mas acima de tudo, somos seres humanos, gente, cidadãs, que pensam, amam, odeiam, com necessidades e anseios, tão iguais a de qualquer ser pensante, independente do sexo, cor, condição sexual, pois não é isso que denuncia o caráter, a inteligência, o dinamismo de qualquer ser racional, mas a forma como ele convive com os outros e mais ainda, como ele respeita seus semelhantes.
Mulheres de Atenas
Composição: Chico Buarque
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas, cadenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas, não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
As suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
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