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sábado, 21 de julho de 2018

RESISTÊNCIA?

Até que ponto vale a pena batalhar em favor da cultura contra um sistema opressor?

Festa milionária expõe esse espaço para a comemoração do 60° encontro Mestre Elói Teles

foto: Bulu Som

Aos saudosistas do antigo formato da Expocrato fica a indignação pela exclusão dos artistas Caririenses e da nossa identidade cultural, lamentação enfraquecida pela realidade pobre da falta de representatividade ou interesse governamental em divulgar e fortalecer os artistas regionais.Nos dão de consolo a participação no grande palco de alguns nomes, como a banda Missão Miranda, veterana e pioneira do reggae  Cariri,  faz a diferença ao trazer no seu repertório autoral uma mistura da nossa natureza, história,tradições... um reggae cordel de muito bom gosto, apresentado tão cedo no evento que quase ninguém pôde ver, nem nas manchetes do jornal do dia seguinte foram citados.
E o palco da URCA? Já não tem mais espaço para o evento!
Mas será que era realmente digno? Os cachês, o som, o horário?
Há quem me diga que pelo menos era alguma coisa...alguma coisa não é o ideal! NUNCA vi algo florescer além da boa vontade e talento dos que ali se apresentaram. Isso nos obriga a repensar nossa atuação como cidadãos. E a classe artística? Está organizada? O que desejamos?
Percebo a nítida desvalorização dos artistas em todas as áreas, a impressão é que seria melhor se não existíssemos, usariam os irmãos ANICETO desde o natal até o São João e estariam quites com a sociedade. Lamento senhores, estamos desestimulados, enfraquecidos, desvalorizados, mas para vossas desilusões ainda existimos, ainda sobrevivemos!

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