Exposição em São Paulo homenageia Chico Science e o movimento manguebeat
Chico Science em estúdio no Recife para ensaio do encarte do disco "Da Lama ao Caos", em 1993 (Foto: Fred Jordão) |
A partir do dia 4 de fevereiro o mangue invade São Paulo. O Itaú Cultural recebe a exposição Ocupação Chico Science, que retrata a vida e obra do músico pernambucano e ex-líder do grupo Nação Zumbi, que sacudiu a cena musical brasileira com o manguebeat.
Chico e Antônio Carlos Nóbrega, alguns dias antes da morte de Chico. Os dois se apresentariam juntos no carnaval de 1997 (Foto: Fred Jordão) |
Com a mistura de rock, hip hop, maracatu, ritmos regionais e batidas eletrônicas, o movimento, que ganhou grande destaque internacional nos anos 90, acaba de se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco. E para homenagear seu maior ícone, Chico Science - morto em um acidente de carro, em fevereiro de 1997 -, a mostra reúne material de shows, esculturas, obras, capas de discos, fotos, roupas e objetos pessoais; além de filmes, debates com quem presenciou a cena e shows com Mundo Livre S/A e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.
Entre os destaques da exposição estão o Manifesto Mangue, assinado pelo vocalista do Mundo Livre S/A, Fred 04; áudios de entrevistas, cartas originais, fotos e roupas garimpadas pela família de Science; e uma réplica do Laudau que tornou a marca do cantor. Nas artes visuais, os grafites do pernambucano Derlon, esculturas do também pernambucano Evencio, gravuras de Juliana Notari e uma tela de Fernando Peres também mostram a efervescência da cena cultural dos “manguebeatianos”.
Réplica do Landau de Chico Science (Foto: Divulgação) |
A exposição traz também uma mostra de filmes e videoclipes relacionados ao manguebeat, com obras como: Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira (1997), Texas Hotel, de Cláudio Assis (1999), Josué de Castro – Cidadão do Mundo, de Silvio Tendler, 1995, e Amarelo Manga, de Cláudio Assis (2003). Em paralelo, personalidades atuantes do movimento, junto com agitadores culturais de diversas partes do mundo, discutirão a importância de Chico Science e do manguebeat para a cultura popular brasileira.
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