Ainda menino, transfere-se com a familia para Vila Guaiúba, município de Pacatuba, localizado nas proximidades da capital cearense. Aos 11 anos é enviado ao Colégio Militar de Fortalez, no qual permanece 5 anos, tranferindo-se em seguida para o ateneu São José. Aldemir desenha desde menino. No colégio militar, torna-se monitor de desenho de sua classe e no Exército, para o qual é convocado após fazer a Companhia de Quadros (1941) e no qual permanece até 1045, desenha o mapa aerofotogramétrico da cidade de Fortaleza, e vence concurso nas oficinas de material bélico, tornando-se Cabo Pintor. No início dos anos 40, Aldemir Martins cria, juntamente com Mário Barata, Barbosa Leite, Antonio Nadeira, Carmélio Cruz, Inimá de Paula e outros, o Grupo Artys e a SCAP - Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, responsáveis pela renovação do ambiente artístico cearense. Em 1942 expôe, pela primeira vez, no II Salão de Pintura do Ceará. Faz ilustrações para os jornais "O Unitário", "O Correio do Ceará" e "O Estado" e para livros de intelectuais cearenses. Aldemir transfere-se em 1945, para o Rio de Janeiro, onde participa de uma coletiva na Galeria Askanasi e do Salão Nacional de Belas Artes. Um ano depois está em São Paulo onde realiz sua primeira individual, na seção paulista do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Em 1947 é convidado a participar da exposição "19 Pintores", que marca a emergência de uma nova geração de artistas brasileiros. Desde então, Aldemir Martins participa ativamente do movimento artístico brasileio. Concorre aos principais salões de arte do país, recebendo numerosos prêmios entre os quais o "Prêmio Viagem ao Exterior" do Salão Nacional de Arte Moderna (1954). Participa ainda de outras mostras competitivas como a Bienal de São Paulo e a Bienal de Veneza. Na I Bienal de São Paulo recebe o Prêmio de desenho "da Olívia Guedes Penteado" e na II, o prêmio "Nadir Figueiredo S.A.". Em 1956, Aldemir Martins conquista a láurea mais importante de sua carreira: O Prêmio Internacional de Desenho da Bienal de Veneza, que o consagra definitivamente.Em 1982 lhe foi outorgado o título Doutor Honóris Causa pela Universidade Federal do Ceará. Em 1985 a MWM lançou o livro "Aldemir Martins Linha, Cor e Forma" e, em 1990, a Best Seller editou o volume "Desenhos de Roma", que reúne trabalhos realizados por Aldemir Martins quando esteve na capital italiana desfrutando o prêmio Viagem ao Exterior.
Desenhos e pinturas de sua autoria foram reproduzidos em numerosos produtos industriais tais como pratos, bandejas, xícaras, tecidos, embalagens e na abertura de telenovelas, "Terras Sem Fim" e "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado, o que o tornou um dos artístas plásticos mais conhecidos do país. Ao longo de sua carreira, Aldemir Martins participou de mais de 150 exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
Este texto faz parte do catálogo da exposição "Aldemir Martins" de outubro de 1995 na Galeria de Arte André, SP.
fonte:http://www.cearacultural.com.br/Artes/Biog.asp?id=11
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