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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Lembra de seu primeiro Baú? Por:Maneol Severo

Ainda lembro quando Gabriel, meu filho mais velho completou seus dez anos, comemoramos juntamente com o aniversário do irmão Pedro que fazia sete anos. Todas as providências tomadas e lá chegou o esperado momento do pôr-do-sol, com ele também chegavam os primeiros convidados, o lugar estava muito bonito, o esmero da decoração enchia nossos olhos, mas havia algo que não me agradava tanto, na verdade fui induzido e quase obrigado a aceitar aquele instrumento intruso na decoração de entrada da pequena festa: Um grande e largo baú de papelão... Lugar para minha surpresa que teria um guardião quase que eterno: O pequeno Gabriel.

Claro que quem chegasse teria que passar pelos incômodos porteiros, o Baú e evidentemente, Gabriel. Não gostaria de estar na pele de quem não teve tempo de comprar o presente ou a famosa lembrancinha... Um horror! Na verdade os anjos da guarda acabaram vendo essa situação antes de tudo e o fato é que todos levaram seus presentinhos, e Gabriel ali, impassível, “acocorado” ao lado do dito e inesquecível “baú da felicidade...” Se eu soubesse disso não teria contratado palhacinhos, mesa com motivo do He Man, enfim, apenas o querido e imponente Baú.

Quem não tem uma história parecida para contar? Puxa Vida! Quantos presentes ganhamos durante nossa vida? Talvez tenhamos ganhado tantos que não percebemos o valor de cada um deles, nem tão pouco sabemos diferenciá-los, usá-los, agradecer por cada um deles. Presentes sempre nos remetem a mais sublime de todas as virtudes: Gratidão.

Presentes quase sempre nos deixam felizes. Todos? Bem, nem todos, menos aqueles sob forma de um belo e maravilhoso “cavalo de madeira”... Será que desses precisamos manter distância? Mas até esses têm sua razão, sua história, sua missão.É uma pena que depois de tanto tempo ainda não conseguimos perceber o quanto recebemos a cada dia, a cada minuto, cada segundo.

Como não sentir o valor de tudo isso?

Todos quando fomos criados já nascemos dentro do próprio “baú”, e que baú! como pode comportar tanta coisa? Fechemos os olhos e visualizemos o nosso baú, e todos os presentes que ganhamos a cada momento. Consegue perceber? Que bom! Mudei de idéia, talvez o baú tenha sido e será sempre o personagem principal.Viva o baú nosso de cada dia!

Vida! Esse é o maior e mais sublime presente de todos.

Por:Manoel Severo

2 comentários:

  1. Sem dúvida é um presente maravilhoso, poder estar aqui sorrindo, chorando, enfrentando desafios novos a cada dia. Belo texto.

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  2. Obrigado Felipe,

    grande abraço,

    Manoel Severo

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