Um dia
(filho de caçador das estepes
Amigo do sol e das paisagens sem fim)
Me fizeram ao mar.
Onde estão os campos?
Onde posso correr e caçar?
Onde a claridade dos dias mais belos
O mar naveguei
E o mar eu sentia
Fazia parte de mim.
E por mais que sentisse e soubesse
E quisesse cantar
As alegres canções que sabia
Uma onda profunda crescia
E mais que depressa
Me fazia chorar
Sou filho e irmão da floresta.
Sou amigo do sol e das paisagens sem fim
Que não sei trabalhar, agora me dizem
Que fico parado olhando pro mar
Se do mar, me dizem, não sou
Que não canto, não rio, não danço
Se antes, me dizem, apenas isso fazia.
Um dia me fizeram ao mar.
Agora
O canto
O sorriso
E a dança
Estão dentro de mim
Mas ficaram
Do outro lado do mar.
Do livro “PARA AMIGOS DIVERSOS”
Pedro Antonio Lima Santos
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