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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cleydson Monteiro e a autêntica poesia popular do Nordeste Brasileiro. Por: José Romero Araújo Cardoso

Cleydson Monteiro e a autêntica poesia popular do Nordeste Brasileiro
José Romero Araújo Cardoso
Licenciado em Letras, cuja conclusão do curso ocorreu no ano de 2012, graduação esta alcançada com êxito na Faculdade de Ciências e Tecnologia Professor Dirson Maciel de Barros, pós-graduando em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura; Ensino de Artes: Técnicas e Procedimentos–UCAM- Rio de Janeiro-RJ (2012-2013). Destaca-se ainda como professor da rede municipal e estadual de ensino de Pernambuco, além de membro da União dos Cordelistas de Pernambuco - UNICORDEL, da Sociedade dos Poetas Vivos e Mortos de Timbaúba e da Fundação Jader de Andrade, sendo possuidor de diversas obras publicadas, a exemplo de Desafio (2001); Meu Lugar sem Endereço (2003); Farsas e Farsantes (2009); Antologia Novos Poetas (2012); Minha Antologia de Cordel (2012); Literatura e Linguagens (Capítulo, 2013), constando ainda em seu curriculum como autor de 75 cordéis, Cleydson Monteiro vem enriquecer significativamente o extraordinário acervo literário da autêntica poesia popular do Nordeste Brasileiro com a publicação dessa importante antologia de cordel.
Berço de grandes talentos literários, nossa região vem se destacando pela ênfase ao legado ibérico dos folhetos de cordéis em razão da projeção de figuras imponentes como o paraibano Leandro Gomes de Barros, cuja menção honrosa de Carlos Drummond de Andrade classificou-o como o verdadeiro príncipe dos poetas brasileiros.
Nove cordéis compõem essa nova produção do brilhante versejador pernambucano, os quais destacam da beleza lírica que enaltece o encanto feminino em Mulher do olho bonito faz homem morre de amor – II, a ênfase ao imaginário fantástico em A mulher que expulsou o diabo de Timbaúba – O Reencontro. Em seguida o autor faz recordar noites enluaradas de um sertão ainda afastado da modernidade, quando em alpendres eram lidos folhetos contando as histórias fantásticas dos doze pares de França e o romance da donzela Teodora. O título do quarto cordel que integra esse importante trabalho literário de autoria de Cleydson Monteiro é A História da donzela que bem triste faleceu.
O quinto cordel, de cunho histórico, destaca a figura de Maria Quitéria, a heroína brasileira.
O sexto cordel destaca sublimes aspectos da inteligência e do raciocínio do autor através de O ABC das coisas.
O sétimo instiga o leitor a pensar em se tratar de algo que no final mostra-se totalmente diferente do imaginado, cujo título é Marcas de uma noite de amor, o qual prima pela jocosidade, por que não dizer pelo cômico em sua expressão maior.
O penúltimo cordel prima pela ênfase às emoções mais intensas em A saudade não mata, mas maltrata o coração de quem ama e vive ausente.
O último traz mensagem ecológica bastante atual através de A natureza carece de nossa preservação.
Livro de bolso principalmente do povo nordestino, o qual elegeu o cordel como símbolo de identidade, a presente obra vem contribuir de forma incisiva para a valorização de um patrimônio grandioso da maravilhosa cultura da terra do sol.

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