O interVEMação é um projeto idealizado pelo Coletivo Pé no Mundo que visa misturar várias vertentes da arte, e trás em sua segunda edição a exposição de Telas do Artista Plástico Jeovanio Ferreira, que através de uma visão surrealista retratará em seu trabalho a interpretação dos poemas de vários autores da nossa região!
A Exposição terá duração de três dias e contará com a seguinte programação:
SEXTA FEIRA DIA 27
19:00 horas - Abertura da exposição
20:00 horas - Show com a banda Quebra Tranca
Local: Galeria da RFFSA
SÁBADO DIA 28
19:00 horas - Início da exposição
20:00 horas - Recital de Poesias
Local: Galeria da RFFSA
DOMINGO DIA 29
09:00 horas - Início da exposição
12:00 horas - Encerramento da exposição
13:00 horas - Show com Janinha Brito
Local: Clube Recretívo Grangeiro
OBS: A entrada no Clube Recreativo Grangeiro, será restrita a sócios e convidados.
seja um seguidor da CULTURA CARIRI
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Fins de Tarde dos Domingos!
Janinha Brito, ao lado dos seus parceiros musicais: Sidinho e Weskley Sousa, fazem com sucesso, fim de tarde no boteco João e Maria, por trás da URCA, Campus Pimenta!
Com um repertório alegre e valorizando a época do vinil, passeiam do samba ao rock, entre Dorival Caymmi e Mutantes, num passeio delicioso entre suingue e emoção!
Domingo, a partir das 18:00h, uma oportunidade de encontrar pessoas do bem, relaxar pra começar a semana numa boa e ouvir boa música!
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Professor Pinheiro: Sejamos todos canalhas
Deputado Estadual pelo PT Professor Pinheiro é ex-secretário de Cultura do Estado do Ceará |
Por Alexandre Lucas*
Dois
discursos, duas compreensões de caminhos e o mesmo partido marcaram a abertura
da III Conferência Estadual de Cultura do Ceará realizada em Fortaleza, no período 20 a 23 de setembro de 2013. O
discurso de saída do ex-secretário de Cultura, o professor Pinheiro, que deixa
a pasta para assumir sua vaga na Assembleia Legislativa e o discurso de chegada
do novo Secretário, o professor Paulo Mamede, apesar de serem do mesmo partido,
apontou a contradição de discursos.
Nas duas
gestões do Governo Cid Gomes, a Secretaria de Cultura do Estado vem sendo
dirigida pelo Partido dos Trabalhadores – PT. O que tem demonstrando uma série
de equívocos e contradições comparada aos avanços que vem ocorrendo na
conjuntura nacional. O que percebemos
neste período foram um atrofiamento e a criação de um sistema inoperante de
gestão e de políticas públicas para a cultura, essa foi uma marca presente nas
duas ultimas gestões dos professores Auto Filho e Pinheiro.
Os trabalhos da
Secretaria Estadual de Cultura
concentraram suas ações, quando tiveram, na região metropolitana de Fortaleza,
a lógica de acesso aos recursos públicos da cultura para a população foi
invertida, a política de editais passou a analisar aspectos jurídicos em primeiro
plano e como secundário o conteúdo dos projetos, privilegiando neste caso restritos
círculos. O atraso na liberação de recursos para
pagamento de editais e cachês foi uma das identidades desta instituição. Os
fóruns de linguagens se concentraram também na capital cearense. As ações de
formação do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura que antes circulavam pelas regiões do Estado
foram cessadas. Não é percebida nenhuma política pública que se caracterize
como vetor de desenvolvimento social, econômico e sustentável para o conjunto
da população cearense que tenha sido brotada destas gestões. Temos ainda
grandes problemas no que diz respeito à própria estrutura de funcionamento e
operacionalização da SECULT – CE.
Por outro
lado, vivemos uma conjuntura de ascensão dos movimentos sociais ligados à arte
e a cultura em nosso país, um dos fatores que impulsionaram essa situação foi o
avanço das forças progressistas no campo institucional, a partir do Governo
Lula.
O Ministério
da Cultura teve avanços consideráveis no que diz respeito à ampliação, diversificação
e descentralização dos recursos públicos para financiamento da cultura, bem
como o entendimento da necessidade das
políticas intersetoriais como elemento estruturante de desenvolvimento, que
caminhem além de uma gestão de governo.
Um dos
destaques do Governo Lula foi o Programa Cultura Viva (O Programa dos Pontos de
Cultura) que se caracterizou como principal política pública do Ministério da
Cultura, Dentre os fatores destacamos que representou o programa que mais
descentralizou recursos públicos para cultura no Brasil. No Governo de Fernando
Henrique Cardoso, o Ministério da Cultura tinha cerca de 100 convênios com
instituições de grande porte, a maioria vinculada ao sistema financeiro, como
as fundações culturais bancárias. Já no final do Governo Lula esse numero chega
próximo a 3.000 convênios com as mais diversas instituições e movimentos
sociais ligados às culturas e as artes do povo Brasileiro, atingido as populações
da zona rural e urbana, da cultura digital e indígena, do hip-hop
e dos terreiros de candomblé, das escolas de samba e das escolas para
pessoas com necessidades educacionais especiais. Mas, o Cultura Viva
representou mais que descentralização de recursos, representou também a
compreensão da importância do domínio dos recursos tecnológicos, a partir dos
kits multimídia que foram proporcionados a cada “ponto” e que puderam fazer com
que a diversidade do povo brasileiro redescobrisse e descobrisse o Brasil, contando as suas histórias com os
seus olhares e percebendo a partir do olhar do outro. Esses pontos espalhados
pelo Brasil criaram as suas teias, os seus intercâmbios e as suas articulações
políticas que ultrapassaram o viés institucional e que contribuiu para o
acrescentamento das lutas e o empoderamento dos movimentos sociais ligados a
cultura, tendo destaque, por exemplo, a luta pela PEC 150 que prevê o percentual de recursos
para a cultura de 2% para a União, 1,5% para os Estados e 1% para os
Municípios, bem como do Projeto de Lei do Cultura Viva.
Apesar de
temos sofrido com o retrocesso da atual gestão do Ministério da Cultura em
relação ao Programa Cultura Viva, continuamos avivados defendendo a retomada deste Programa, agora
como Política de Estado.
Nesta
compreensão, os movimentos sociais da Cultura foram protagonistas por avanços
nas políticas públicas do Ministério da Cultura. De acordo com o idealizador do
Programa Cultura Viva, o historiador Célio Turino “É preciso transformar o Cultura
Viva em política pública efetivamente apropriada pelo povo”.
Esse dois
paralelos tem um entendimento diferenciado do papel e das formas de dialogo com
os movimentos sociais. Parece-me que o primeiro, que está relacionado à situação
do Ceará se prisma no discurso dos movimentos sociais, mas que não consegue
torna-lo orgânico dentro da sua estrutura de gestão e o segundo parece que
torna os movimentos sociais parte
integrante da gestão, sem cair no servilismo. Vale ressaltar que me remeto no
caso da conjuntura nacional nas gestões de Gilberto Gil e Juca Ferreira.
Mas o que isso
tem haver com a III Conferência de Cultura do Ceará? Vamos contextualizar, em agosto de 2012,
artistas de diversas cidades cearenses começaram a se mobilizar politicamente em
torno do Movimento Arte e Resistência – MAR, o qual discutiu e apresentou
diversas críticas e proposições para a gestão da cultura. Pela internet
circulou uma petição pública que contou
com cerca de três mil assinaturas de artistas, produtores, pesquisadores,
brincantes, escritores e gestores culturais. O documento foi encaminhado ao
Governador e ao Secretário de Cultura da época, Professor Pinheiro.
O documento continha sete eixos
de proposições: 1 – Gestão: Reestruturação e qualificação da
SECULT-CE, 2 – Autonomia da Secretaria da
Cultura, 3 – Formação, 4 – Equipamentos Culturais, 5 –
Editais, 6 – Produção e
Circulação e 7 – Recurso/Orçamento. O Governador Cid Gomes
recebeu a documentação e dias posteriores anunciou um pacote para a pasta da cultura. O pacote não contemplava as reivindicações do documento
na sua essência, apenas anunciava basicamente duas coisas: reformas de
equipamentos culturais e realização de concurso.
O documento
entregue tinha dossiês também das seguintes linguagens: Dança, Teatro, Áudio
Visual, Circo, Música, Patrimônio, Artes Visuais. A Documentação foi referenda
por 98 entidades, entre companhias, grupos e coletivos das cidades de Crato,
Fortaleza, Maracanaú, Paracuru, Itapipoca, Tabuleiro do Norte e Juazeiro do
Norte.
Entretanto,
essa demanda foi desprezada e as vozes dos diversos segmentos abafadas. O ex-secretário que enche a boca para manifestar sua identidade ideológica e que aos quatro
cantos diz ser das fileiras do Partido dos Trabalhadores carrega um discurso contraditório
entre concepção e tratamento dado aos movimentos sociais, um discurso de ódio
aos acontecimentos de agosto de 2012. Não existe uma receita, isso é claro,
para compreender a conjuntura da Secretaria de Cultura do Estado,
diante das dimensões e complexidades que
é enfrentar um órgão com poucos recursos, mas é preciso para qualquer gestor,
em especial, aos que em tese está ligado as forças progressistas fazer um
esforço para escutar, mediar e
encaminhar as demandas dos movimentos sociais.
Ao finalizar o
seu discurso de abertura da Conferência e despedida da Secretaria, o professor
Pinheiro falou de forma clara e imperativa duas coisas: chamou a movimento de
2012 de Canalha e a outra coisa foi
dizer que iria lutar pela aprovação do
Plano Estadual de Cultura na Assembleia Legislativa. O Plano é fruto de uma
série de encontros não capitalizados politicamente, mas é um instrumento
importante para avançar nos marcos jurídicos da cultura e das conquistas
sociais, muitas das proposições do documento encaminhado ao Governador estão
contidas no Plano.
Desta forma podemos
compreender que agora o professor Pinheiro quer ser um canalha, seja canalha
professor, terá o nosso apoio!
Já o atual
secretário Paulo Mamede, também do PT,
disse no seu discurso que veio
para ser ponte, logo se conclui que os caminhos estavam interrompidos e
acrescentou dizendo que “Eu tenho lado, meu lado, é os movimentos sociais”.
Pois é professor Pinheiro, o secretário Mamede já veio canalha. Agora só falta
você! Sejamos todos canalhas.
*Pedagogo e
artista/educador.
alexandrelucas65@hotmail.com
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Bastinha - Uma crítica bem humorada
Cordelista, professora e responsável pela
inclusão da disciplina de Literatura Popular do Curso de Letras da Universidade
Regional do Cariri, Bastinha Job vem desenvolvendo o seu trabalho poético desde
a infância. Pertencendo a Academia dos Cordelistas do Crato, ela destaca com orgulho que “É bastante dizer que ela (Academia) revelou inúmeros poetas, atualmente
com mais de mil títulos publicados e mais de um milhão de folhetos lançados,
com temáticas abrangentes”.
Alexandre Lucas – Quem é Bastinha?
Bastinha - Professora aposentada,
cordelista na ativa,
Assaré do Patativa
é minha terra amada;
Crato é a mãe idolatrada,
que me acolheu em seu seio,
aqui encontrei o veio
da joia da Educação,
da completa Formação
que me deu força e esteio.
Alexandre Lucas – Como se deu seu contato com a poesia?
Bastinha - Leio desde a meninice
Patativa e Aderaldo,
deslumbrei-me com Clarice,
no momento, leio Ubaldo,
Pompílio e Zé da Luz
estilo que me seduz;
E viajei com Lobato,
neles, vivi a magia
setas da minha
poesia
e guias do meu contato.
Alexandre Lucas – Fale da sua
trajetória poética:
Bastinha - Minha trajetória
começou desde criança quando fiz o curso de declamação na Escola de Arte de
Sara Quixadá Felício Participei de muitos jograis que se apresentavam em
grêmios escolares, comemorações. Continuamente, fiz o Curso Primário, o
Pedagógico e cursei Letras na antiga Faculdade de Filosofia. (URCA) Ensinei
Língua Portuguesa em quase todos os colégios do Crato. Durante muitos anos (até
aposentar-me) na referida URCA . No ano de 1993 consegui um gol de placa: criei
com dois colegas, a Cadeira de Literatura Popular sendo a primeira professora
do mencionado Curso. Graças a Deus a Cadeira se mantém forte e firme
descobrindo vários talentos.
Alexandre Lucas – O que
representa a Academia dos Cordelistas do Crato para você?
Bastinha - A Academia dos
Cordelistas do Crato, fundada pelo saudoso Elói Teles de Morais, no ano
de 1991, não é só um marco na minha vida; mas para toda a Cultura Popular
do Crato e do Nordeste. Através dela, me descobri cordelista. Ela também
resgatou o cordel que estava agonizante, mascarado pelos meios de comunicação
de grande e monopolizador poder. E o melhor, foi por causa dela
,que eu não medi esforços para fundar a Cadeira de Literatura Popular da URCA. A
Academia., sim, merece um troféu!
Alexandre Lucas – Como você
define a sua poesia?
Bastinha - Eu faço poesias críticas
com pitadas de humor
e alfinetadas políticas,
mas também falo de amor;
meu poetar é a arma
que incita ou que desarma,
que faz rir, que faz chorar;
em suma ela é catarse
autêntica e sem disfarce
um compromisso a se
honrar!
Alexandre Lucas – Como ocorre o seu processo criativo para a
poesia?
Bastinha - Não tenho um processo criativo específico. Sigo as minhas intuições
inspiradas pelos fatos do cotidiano, acontecimentos políticos, sociais, religiosos e, sobretudo, crítico humorísticos.
Alexandre Lucas – Como você avalia a produção literária na
região do Cariri?
Bastinha - Nossa região é
muito bem servida neste setor. Nossa Cultura é rica e diversificada. No tocante
à literatura de cordel, principalmente, houve grandes impulsos, nessas
duas últimas décadas,com a criação da Academia dos Cordelistas do Crato
(a qual pertenço). É bastante dizer que ela revelou inúmeros poetas, atualmente
com mais de mil títulos publicados e mais de um milhão de folhetos lançados,
com temáticas abrangentes. Nossa Academia transpôs fronteiras, e, só
precisa de apoio financeiro dos órgãos competentes.
Alexandre Lucas – Você acredita que a literatura é um
instrumento político?
Bastinha - É sim. A política é que não toma conhecimento de sua importância na
literatura. Através da poesia, o poeta critica, louva, aplaude,orienta e
se engaja em qualquer setor: político,
social, religiosa, histórico, onírico, etc, etc...
Alexandre Lucas – Quais os seus próximos trabalhos?
Bastinha - Diariamente os acontecimentos me fazem escrever sonetos, trovas e cordéis. Entretanto, estou compilando meus textos mais
pertinentes a fim de escrever meu tão sonhado livro.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
A história por trás de uma capa clássica: SECOS E MOLHADOS!
FONTE: http://www.somvinil.com.br/nos-compramos-os-albuns-white/
O primeiro disco do “Secos e Molhados”, que leva o nome do grupo, completou recentemente os 40 anos de seu lançamento (1973), impressionou o país e foi relançado recentemente em Vinil de 180 gramas.
A performance e as caras pintadas dos integrantes foram a inspiração para o Kiss, segundo boatos que dizem que foi um produtor gringo que após uma tentativa frustrada de trabalhar com o Secos & Molhados teria criado o Kiss.
Boatos ou não, a verdade é que os caras criaram algo totalmente diferente e inusitado à época. Além das letras de teor político, cômico e ao mesmo tempo ácido, os caras apareciam de caras pintadas e apresentavam performances ainda inéditas no palco.
Fazendo jus ao nome do grupo, um então fotógrafo do jornal carioca Última Hora, chamado Antônio Carlos Rodrigues, produziu uma mesa de jantar com produtos vendidos em armazém (nome genérico para secos e molhados), com pães, linguiças, cebolas, grãos de feijão, vinho de marca barata, etc. O nome do grupo, em cima da mesa, em letras roxas brilhantes, alude à placa que João Ricardo teria visto numa visita à Ubatuba e que lhe deu a ideia para o nome do conjunto. Dentro das bandejas, estão as cabeças de Ney Matogrosso, João Ricardo, Gerson Conrad e Marcelo Frias, o baterista que não aceitou integrar o grupo.
Rodrigues já havia fotografado a cabeça de sua mulher servida num prato na revista Fotoptica, inspirado por meninas na praia com o rosto pintado e, por trabalhar no mesmo jornal que João Apolinário, pai de João Ricardo, não demorou em conhecer o grupo. “Eu ainda não conhecia o grupo e quando fiquei sabendo do nome, montei uma mesa no meu estúdio com vários secos e molhados, coloquei a cabeça deles ali e os maquiei”, contou em entrevista à revista Bizz. No estúdio fotográfico, demoraram uma madrugada para a sessão de fotos da capa. Por debaixo da mesa estavam sentados em cima de tijolos. “Ficamos lá a madrugada inteira, sentados em cima de tijolos”, conta João Ricardo, “e fazia um frio horroroso debaixo da mesa”. Ney Matogrosso lembra que “Em cima queimava, por causa das luzes [...] comprei os mantimentos no supermercado, a toalha foi improvisada com plástico qualquer, a mesa era um compensado fino que nós mesmos serramos para entrarem as cabeças.” Segundo João, “Tínhamos fome e estávamos duríssimos, fomos tomar café com leite. Não sei por quê, mas não me lembro de termos comido os alimentos da mesa.”
Alguns autores notam que já na capa do disco existe uma cena e um comprometimento antropofágico, com as cabeças sobre bandejas numa mesa “para o deleite gastronômico dos ouvintes”. A capa integrou uma exposição em junho de 2008 no Centro Cultural da Espanha, em Miami, que reuniu as 519 melhores capas do pop e rock latino-americano. Em 1995, a banda Titãs produziu o clipe da música “Eu Não Aguento” com a introdução do baixo de “Sangue Latino” e com a cabeça de seus integrantes à mesa, em pratos. Em 2001, o jornal Folha de S. Paulo a elegeu como a melhor capa de LP de toda a história da música popular brasileira.
O disco navega pelos tons da MPB e do Rock Progressivo, além de trazer o místico e incrívelNey Matogrosso nos vocais. O álbum já mostrava toda a originalidade de um dos maiores fenômenos da música brasileira e vendeu mais de 300 mil cópias. São oito faixas, sendo sete do compositor e violonista João Ricardo. Fazem parte do disco os sucessos “O Vira”, “Sangue Latino”, “Mulher Barriguda”, “Assim Assado” e uma melancólica versão de “Rosa de Hiroshima” (Gerson Conrad/Vinicius de Moraes) interpretada pela inesquecível voz de Ney Matogrosso.
LADO A
1. SANGUE LATINO
2. O VIRA
3. O PATRÃO NOSSO DE CADA DIA
4. AMOR
5. PRIMAVERA NOS DENTES
1. SANGUE LATINO
2. O VIRA
3. O PATRÃO NOSSO DE CADA DIA
4. AMOR
5. PRIMAVERA NOS DENTES
LADO B
1. ASSIM ASSADO
2. MULHER BARRIGUDA
3. EL REY
4. ROSA DE HIROSHIMA
5. PRECE CÓSMICA
6. RONDÓ DO CAPITÃO
7. AS ANDORINHAS
8. FALA
1. ASSIM ASSADO
2. MULHER BARRIGUDA
3. EL REY
4. ROSA DE HIROSHIMA
5. PRECE CÓSMICA
6. RONDÓ DO CAPITÃO
7. AS ANDORINHAS
8. FALA
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Casarão Apresenta:
JULIO JAMAYKA fazendo Cover da banda:
O RAPPA!
Quando?
Sábado 21 de setembro!
Onde?
Casarão Boteco, ao lado do Crato Tênis Clube!
Participação: Gafiera Black Vibe
Boteco João e Maria apresenta:
Nós 3 fazendo domingueira com um repertório de bom gosto pra terminar a semana de boa, no Boteco "João e Maria" Boteco...a partir das 18:00h, quem quiser ouvir:
MUTANTES, NOVOS BAIANOS, SECOS E MOLHADOS, TIM MAIA, JORGE BEN, ENTRE OUTRAS DELÍCIAS, APARECE LÁ...Cerveja gelada, petiscos, calor do fim de tarde e muita gente massa!
Janinha Brito, Cidnho e — com Weskley Sousa.
MUTANTES, NOVOS BAIANOS, SECOS E MOLHADOS, TIM MAIA, JORGE BEN, ENTRE OUTRAS DELÍCIAS, APARECE LÁ...Cerveja gelada, petiscos, calor do fim de tarde e muita gente massa!
Janinha Brito, Cidnho e — com Weskley Sousa.
sábado, 14 de setembro de 2013
Cariri Cangaço, onde o Brasil de Alma Nordestina se encontra !
O Cariri Cangaço 2013 tem sua noite de abertura marcada para a próxima terça-feira, dia 17 de setembro às 19 horas no Memorial Padre Cícero em Juazeiro do Norte com a Conferência da antropóloga, pesquisadora e escritora Luitgarde Cavalcanti Oliveira Barros, com o tema: Padre Cícero e o Tempo Contemporâneo.
O evento acontece até o dia 22, nos municípios de Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro e Porteiras e reunirá mais de 4 mil pessoas em seus 6 dias de realizações, tendo a confirmação de mais de 150 pesquisadores de 17 estados do Brasil. Para Manoel Severo , curador do Cariri Cangaço, "vivemos a consolidação do Cariri Cangaço como o maior evento do gênero no Brasil e para nós do cariri é uma grande honra e alegria, mas também uma grande responsabilidade que está sendo assumida e compartilhada com muito talento e trabalho por uma valorosa equipe tanto do Cariri Cangaço como dos municípios anfitriões, a todos a nossa sincera gratidão."
O Cariri Cangaço é um evento itinerante, sua abertura será em Juazeiro do Norte na noite do dia 17, mantendo rica e dinâmica programação nos municípios de Barro, dia 18, Porteiras, dia 19, Missão Velha e Aurora, dia 20, Barbalha dia 21 e grande encerramento em Crato na noite do dia 21, sábado. Não é necessário fazer inscrições e a entrada é franca, "é só acompanhar a Programação Oficial e participar deste grande evento que orgulha o nordeste e o Brasil", destaca a diretora do GECC, advogada Juliana Ischiara.
Para conhecer a Programação completa do Cariri Cangaço visite o site oficial do evento:
Cariri Cangaço 2103, onde o Brasil de Alma Nordestina se encontra
Um evento com o apoio do Blog do Crato
Por:Manoel Severo
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
O CONSTRUTOR DE GENTE.
PADRE AGIO AUGUSTO MOREIRA.
Falar do Padre ágio não é nada difícil. Falar
do Padre Àgio é falar de alguém que durante toda a sua vida assumiu o
sacerdócio de construir gente, como diz a musicista Izaira Silvino. É falar em
SONHOS POSSÍVEIS...
Padre Ágio, nasceu no distrito de Quixará - na época
pertencente à cidade de Assaré – Ceará, hoje Farias Brito. Começou a formação
religiosa, aos doze anos, em Campinas, São Paulo, junto com o seu irmão David
Moreira. Os estudos continuaram no Seminário Diocesano da cidade de Crato -
Ceará, onde teve o seu primeiro contato com o estudo teórico da música. Depois
no Seminário da Prainha, em Fortaleza,
onde aprimorou os seus estudos em musica clássica e Canto Gregoriano.
Voltou ao Cariri depois de ordenado Padre, indo trabalhar
num pequeno distrito/localidade chamado Goianinha (hoje Jamacarú), em Missão
Velha (CE). Lá em foi surpreendido por um grupo de trabalhadores rurais, entoando
os chamados “Cânticos de Trabalho”. Divididos
em voz masculina e feminina, a duas vozes, dentro de uma harmonia e afinação
quase perfeita. Alí surgiu a idéia de fundar uma escola de música para
trabalhadores rurais. Pensou até que ponto música poderia se transformar num
instrumento de crescimento e despertar individual e coletivo para crescimento e o desenvolvimento humano.
Em
Jamacarú, levou os trabalhadores para cantar na igreja durante as missas. Iniciou
uma triangulação divina entre música, religião e trabalho. Mas foi no Crato que
se concretizou o seu projeto.
Começou
no Lameiro, ensinando solfejo, canto gregoriano e o manuseio de intrumentos
musicais (acordeon, Violoncelo piano e violão). Seus primeiros alunos foram, José Nilton Figueiredo, José Moreira e outros dois que
atendiam pelos apelidos de Pituxa, Frajola. Continuou o projeto no Belmonte por
volta de 1965 com a Escola de Música Heitor Villa Lobos. Primeiro os
cânticos na igreja, pois lá no Belmonte já não via mais os cânticos de
colheita. A partir daí direcionava-os para as aulas teóricas de música.
Como
não podiam deixar o trabalho, os alunos manuseavam instrumentos de trabalho(pás,
enxadas, facões, arados, etc.), enquanto outros cuidavam de gado. E à noite trocavam
seus instrumentos de trabalho por instrumentos musicais e se embrenhavam em
partituras, solfejos e cantos. A música já era parte das suas vidas.
A
comunidade aos poucos, foi agregando a escola às suas vidas, as crianças eram
incentivadas pelos pais a irem estudar música, e o projeto tomou corpo. Aos
poucos eles começaram a se apresentar na cidade. Depois vieram as doações de
instrumentos, de dinheiro, vieram pessoas da cidade ajudar na administração da
escola, o número de alunos cresceu e a comunidade agora era parte da escola
assim como a escola era parte da vida deles.
Assim, já se vão mais de meio século de sonho realizado.
A escola transformou-se em
Sociedade Lírica do Belmonte. Possui hoje possui um
auditório, uma escolinha de alfabetização para crianças, uma orquestra, coral
(adulto e infantil,) palco, sala de ensaios, capela, banda de musicas,
camerata, etc. Atende um contingente de cerca de 150 alunos. Possui uma
orquestra formada por 65 músicos distribuídos em instrumentos de corda
(violões, violinos, violoncelos e baixos), instrumentos de sopro (de madeira e
de metal), teclados, além de instrumentos de percussão.
Muitos dos alunos, hoje são professores de música na
escola. Outros se espalharam pelo Brasil abrilhantando orquestras sinfônicas
com os seus talentos. Ex. Salvador, João Pessoa, Maceió, Fortaleza, Rio de
Janeiro e, sempre que podem, retornam ao distrito de Belmonte para cursos
intensivos aos alunos da Escola. Alguns optaram por permanecer na escola,
cativos que são do gosto pela música, exemplados que são pela grandeza,
humildade e perseverança do Padre Ágio. Hoje são dirigentes e professores da
escola. Muitos deles hoje com formação acadêmica, são doutores encaminhados
pelo crescimento pessoal promovido pela música. Um exemplo para o mundo.
Kaika Luiz – Um produtor com a cara do Cariri contemporâneo
Começou a produzir eventos no tempo em que
fazia tertúlias na sua casa, Kaika Luiz
desde cedo manteve contato com a diversidade da produção do Cariri e nos últimos
vintes anos vem se destacando pelo seu trabalho de produção cultural, tendo
sido responsável pela vinda para região de artistas como Moraes Moreira,
Fagner, Kid Abelha, Lobão, Luiz Gonzaga e Bandas
como Seu Chico (Recife), As Chicas (Rio de Janeiro), Black Dog (Rio de
Janeiro), Blues Power (Rio de Janeiro), Cabruêra (João Pessoa), Os
Transacionais (Fortaleza), Os Caetanos (Recife), Caco de Vidro (Fortaleza) e
muitos outros, além de quase todas as bandas do Cariri. Kaika também é um dos defensores da criação do percentual
de 2% receita municipal ara cultura.
Alexandre Lucas – Quem é
Kaika Luiz?
Kaika Luiz
- Existe uma música do
Nilton César, das antigas, chamada EU SOU EU que acho me identifica bem,
principalmente no trecho onde ele canta: “Eu sou eu, foi meu pai que me fez
assim, quem quiser que me faça outro, se achar que eu sou ruim.” Ouvia muito
essa música nos parques que vinham para o Crato fazer a festa da exposição e
padroeira, principalmente o Parque Maia. Sempre achei que essa música diz um
pouco de mim.
Alexandre Lucas – O que é o Cariri para você?
Kaika Luiz
- Uma lindeza que tive a
grande oportunidade de nascer. Certa vez ouvi da amiga Izaíra Silvino que “O
cariri tem um artista em cada esquina”. Isso é o que vejo também: por onde você
anda aqui no Cariri você esbarra com um artista. Então o Cariri é isso. Arte pura.
Alexandre Lucas – Como se deu seus primeiros contatos com a arte?
Kaika Luiz
- Dentro da minha própria
casa, desde cedo. Tive várias influências culturais. Inicialmente com meu irmão
mais velho Nacélio, conhecido por Veinho. Eu era criança e ele teve uma banda
aqui no Crato. Era o THE TOPS que já tocava muita música bacana. Outro irmão, o
Roncy, um pouco mais velho que eu, mas um grande apreciador de rock, eu curtia junto. A banda Ases do Ritmo, outro
grande ícone das décadas de 70/80 no Cariri. Tive o prazer de ver e ouvir
muitas vezes essa moçada sob a batuta de Hugo Linard. Aí vem Luiz Gonzaga,
Jackson do Pandeiro, Beatles, etc. Na literatura veio do Colégio Diocesano,
onde estudei todo o ensino básico. Lembro bem do meu primeiro livro que ganhei
de presente da professora Almerinda Madeira no meu aniversário. Foi “As
aventuras de Tom Sawer” de Mark Twain. Nunca esqueci esse presente. No cinema,
desde cedo nós convivíamos com a arte do cinema aqui no Crato, pois como todos
sabem, tínhamos três ótimas salas de exibição e eu garoto estava sempre
antenado com o cinema. Então, eu convivi com algumas vertentes das artes desde
cedo, música, teatro, cinema, literatura, pintura, tudo isso fez parte da minha
vida infantil e continua até hoje.
Alexandre Lucas – Fale da
sua trajetória:
Kaika Luiz
- Nasci na Rua Teófilo
Siqueira, esquina com a antiga Rua Pedro II (hoje é Rua Vicente Lemos). Ali
onde hoje tem um prédio e funciona uma xerox. Minha primeira escola foi o grupo
escolar Alexandre Arraes. Em seguida mudei para o Diocesano. Desde cedo já me
interessava em ajudar o meu pai no seu comércio na inesquecível Cantina do
Oliveira que, mais tarde, profissionalmente, comandei por 25 anos. Com o
falecimento do meu pai em novembro de 2000, resolvemos fechar a empresa e a
partir daí comecei a levar a minha profissão de produtor cultural com mais
afinco. Na realidade eu já o fazia antes, mas só a partir do ano 2000 é que me
voltei totalmente para a profissão. A minha produtora foi fundada desde 1996.
Neste cenário também trabalhei e ainda trabalho com publicidade e turismo. Sou
meio workaholic, sempre procurando me envolver com arte, cultura e turismo.
Alexandre Lucas – Você tem contribuído para a produção cultural
na região do Cariri. Fale desse trabalho:
Kaika Luiz
- Pois é, isso começou
também muito cedo. Acho que nos tempos que fazia as “tertúlias” em minha casa.
Minhas festinhas já eram conhecidas. Depois, quando fui trabalhar no comércio,
fui convidado a integrar a diretoria do Crato Tênis Clube, o que fiz durante
oito anos. Nesse período as festa da “Exposição do Crato” aconteciam nos salões
do CTC. Minha profissão de produção se intensificou muito nesse período. Foi no
Crato Tênis Clube, principalmente com alguns componentes da diretoria,
principalmente o Ermano Américo, que a coisa detonou. Aí trouxemos pra tocar no
clube artistas como Moraes Moreira, Fagner, Kid Abelha, Lobão, Luiz Caldas,
Luiz Gonzaga, Beto Barbosa, e muitos outros. Em seguida fiz algumas produções
locais com o artista Nonato Luiz, e uma mini turnê estadual com o Didi Moraes.
Tenho conseguido ultimamente em parceria com a produtora Mônica Vitoriano, da
MC2 Produções, realizar bons eventos aqui na região, sempre procurando buscar
novas linguagens musicais em atividades em outras regiões, em sintonia com a
produção local. Bandas como Seu Chico (Recife), As Chicas (Rio de Janeiro),
Black Dog (Rio de Janeiro), Blues Power (Rio de Janeiro), Cabruêra (João
Pessoa), Os Transacionais (Fortaleza), Os Caetanos (Recife), Caco de Vidro
(Fortaleza) e muitos outros, além de quase todas as bandas do Cariri. Sempre
procuramos colocar uma banda local nessas apresentações no sentido de haver uma
interação entre os estilos e para o conhecimento entre artistas.
Alexandre Lucas – Como você ver a produção cultural na região?
Kaika Luiz
- Apesar das dificuldades,
sempre tem acontecido bons eventos na área cultural no nosso Cariri. Disso
podemos nos orgulhar, porque não é fácil realizar esses trabalhos por conta da
forte pressão que sofremos com a mídia de massa em eventos de gosto duvidoso,
mas que arrasta multidões, infelizmente. Mas graças a Deus temos feito a
diferença no Cariri e isso juntamente com outras produtoras, com o SESC, a
Secretaria de Cultura do Crato, que sempre tem nos apoiado e a nossa luta na
busca de patrocinadores que nos ajudam a viabilizar esse evento. O Centro
Cultural do Banco do Nordeste também tem feito um trabalho belíssimo aqui no
Cariri, o que nos dá ótimas oportunidades de ver trabalhos de grandes nomes do
cenário cultural brasileiro. Em relação aos artistas, fica impossível citar a todos,
mas o Cariri é destaque digo que até internacional, por conta de grandes nomes
que estão produzindo trabalhos cada vez mais belos e originais.
Alexandre Lucas – O que você propõe?
Kaika Luiz
- Além dos 2%, que a lei
deveria funcionar, proponho uma maior interação entre os produtores, os
artistas, o poder público e as empresas, seja comércio ou indústria, no sentido
de conseguirmos parcerias fortes para a viabilização de eventos bacanas.
Proponho melhor organização da cadeia
produtiva da produção cultural, a fundação de uma associação, sindicato, ou,
enfim, que todos, juntos, procuremos nos organizar melhor para o nosso
engrandecimento e maior participação de todos.
Alexandre Lucas – Você também é poeta. Fale da sua poesia:
Kaika Luiz
- Pois é, a poesia também
sempre fez parte da minha vida. Desde muito tempo que escrevo, mas como sou
muito tímido, nunca as publiquei. De repente me deu vontade de fazer isso
através das redes sociais, o que tem me dado um ótimo feedback das pessoas.
Achei muito bom isso. A minha poesia é super simples, mas utilizo sempre uma
linguagem bem direta e bastante forte. Às vezes utilizo da métrica, mas nem
sempre. São vários temas, muitos deles de ordem pessoal, mas tem também a
poesia absurda, fora de contexto e engraçada. Gosto de brincar com as palavras,
as vezes uso travas-línguas, e outros recursos para torna-la única. Por conta
disso algumas delas já viraram música: duas feitas pelo grande músico Pantico
Rocha e outro pelo baixista Gustavo Portela de Fortaleza. Estou feliz por isso
e pela repercussão do que tenho escrito.
Alexandre Lucas – Tem planos de publicar um livro com essas
poesias?
Kaika Luiz
- Tenho sim, inclusive já
recebi um convite para fazer isso através da amiga Eliza Mariano, uma cratense
que mora em Fortaleza, proprietária da livraria Lua Nova, um ótimo espaço
cultural da nossa capital. Estou organizando tudo isso, inclusive à procura de
patrocinadores para viabilizar a impressão.
Alexandre Lucas – Quais os seus próximos trabalhos?
Kaika Luiz - Estou organizando
para este segundo semestre. Dia 5 de outubro estamos viabilizando a vinda do
artista Nigroover de Fortaleza e estamos procurando apoios pra fazer novamente
o Reveillo’n’roll, com bandas de rock. Tem também a realização do meu maior
sonho que é o FICA – Festival de Inverno do Cariri que estou na luta pra
realizar no próximo ano. O FICA já tem projeto há uns 4 anos, já está
registrado, só falta o principal: apoio, mas estou sempre procurando e nunca
vou me cansar disso.
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