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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Conhecendo os Artistas do Cariri - Pachelly Jamacaru - Na Música e na Fotografia, um grande Talento !



ARTISTA EM FOCO



Olá, Amigos,

Em comemoração ao Dia do Cantor e da MPB, ocorrido no último sábado, publiquei uma matéria no Blog do Crato, que trago aqui para o Cultura no Cariri, pois tem tudo a ver.

Uma das coisas mais lamentáveis do Crato é que não sabe valorizar seus próprios artistas. Pouca gente conhece, muito pouca gente sabe dar o valor merecido, e pouquíssimos ainda conhecem a vida e a obra desses artistas, que são merecidamente muito valorizados lá fora. Hoje falaremos sobre o grande músico, autor de mais de 400 músicas, violonista, flautista, inigualável fotógrafo, além de escritor e poeta Pachelly Jamacaru. Um dos grandes nomes que essa cidade já produziu e que carece do devido reconhecimento perante a cidade. Mas isso se deve também à modéstia do gênio, que não fica por aí como muitos, atrás do sucesso fugaz. Considero Pachelly como um desses grandes talentos que trabalham na sombra. Faz a sua arte sublime para o mundo. Seu brado atinge o universo. Mas assim como a luz, que varre o cosmos, os cegos não a percebem.

PACHELLY JAMACARU

O artista em foco de hoje é o caririense Pachelly Jamacaru, irmão mais jovem do também admirável cantor e compositor Abidoral Jamacaru, e de Roberto jamacaru, um dos maiores poetas e escritores do Cariri.

Pachelly logo cedo abraçou a música como sua paixão-mor. Participou de inúmeros festivais, e ficou amplamente conhecido em 1979 com a música "não haverá mais um dia", canção que, venceu um festival, foi gravada em disco "Massafeira", nome de um dos maiores movimentos musicais do Ceará, e estilisticamente falando, não difere em qualidade nem em grau de harmonia e ousadia de suas composições mais atuais. Pachelly possui atualmente 3 CDs gravados. Há muitos anos, possui como hobby a fotografia, que ultimamente tem se tornado uma verdadeira paixão. Já realizou diversas exposições de seus trabalhos fotográficos com grande sucesso.

Fotógrafo, a beleza de suas fotografias é comparável aos melhores do gênero no Brasil. Tanto que merecidamente, ganhou uma premiação da maior Revista de fotografia do País, a "Fotografe Melhor", em concurso a nível nacional recentemente. Mas o Crato, como sempre acontece, desconhece esse talento...Dotado de uma sensibilidade para o visual, para o inusitado, suas fotos não são meramente fotos, são poemas em forma de imagens, algo que inspira outros artistas. Por outro lado, a música de Pachelly Jamacaru possui harmonias complexas, inusitadas, incomuns, de um gosto muito refinado, suas influências são muito abrangentes, de Caetano, Gilberto Gil, Tom Jobim, e eu diria até que no Ceará, e porque não dizer, no Nordeste, desconheço compositor popular de tamanho refinamento. Pachelly não junta meramente letras com músicas, suas melodias podem ser ouvidas ainda de modo instrumental, que funcionam da mesma forma. Não se limita a uma ou duas posições ao violão. São refinadas. Algumas de suas composições, como a "A MANGA" ( presente em seu mais recente álbum ), revela uma complexidade que se torna difícil até para um exímio violonista aprender. Mas ele, Pachelly, na sua simplicidade, nem se considera um violonista, diz que apenas se utiliza desse instrumento para as suas "experiências".

Composição - Essa é a palavra. Seja na música, seja na fotografia, Pachelly Jamacaru é um grande artista do Crato. Não meramente um poeta, não meramente um autor de melodias, mas de harmonias marcantes, profundas, que apenas, como diria o Tom Jobim, "só privilegiados tem ouvidos" capazes de ouvir e compreender.

Quem quiser conhecer mais os trabalhos do artista, visite-o em seu website oficial:

http://pachellyjamacaru.blogspot.com/


Por: Dihelson Mendonça

É impressionante como sempre no Ceará, descubro novos compositores e/ou intérpretes excelentes que eu não conhecia e desta vez não foi diferente.
Trouxe alguns discos interessantes que irei comentando por aqui.

O primeiro que gostaria de mencionar é o CD “Construindo coisas pra se cantar” de Renan do Vale. Com uma voz bastante agradável, Renan passeia com desenvoltura e leveza por compositores clássicos da MPB como Cartola, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira até os mais novos talentos de hoje em dia como Lenine, Moska e Zeca Baleiro.

Achei muito interessante a versão de Renan para um dos grandes números do repertório de Moreira da Silva, o Kid Morengueira – O Rei do gatilho – de Miguel Gustavo, em um arranjo do próprio Renan e de seu irmão, Djacir que o acompanha ao violão nos shows e também no CD.
Outras faixas que gostei bastante foram “Miragem do Porto” e “Cantar”.

Gravado no Vila Estúdio Sonoro (de Adelson Viana), o disco foi produzido pelo próprio intérprete, em parceria com Djacir, enquanto a produção musical e alguns arranjos ficaram por conta de Adelson .
Os músicos que participam do disco são: Djacir (violão, arranjos), Adelson Viana (teclados, sanfona, arranjos), Cristiano Pinho (guitarra, violão de aço, cavaquinho) José Roberto (baixo e vocal), Luizinho Duarte (bateria, percussão), Aroldo Araújo (baixo) , Mister X, Elida e Pricilene (vocais).

No encarte do CD, o produtor Helder Lima (cadê você ? Me escreve!!) comenta que “cantar” não é o ofício principal de Renan do Vale , mas na minha opinião se ele quisesse fazer do canto sua profissão, estaria no lugar certo !

CD RENAN DO VALE – CONSTRUINDO COISAS PRA SE CANTAR - 2008

1- Miragem do porto (Lenine/Bráulio Tavares)
2- Tatuagem (Chico Buarque/Ruy Guerra)
3- Cantar (Godofredo Guedes)
4- Boi de haxixe (Zeca Baleiro)
5- O rei do gatilho (Miguel Gustavo)
6- Cordas de aço (Cartola)
7- Loucos de cara (Vitor Ramil/Kleiton Ramil)
8- Negro amor (It’s all over now, baby) (Bob Dylan)
9- A morte do vaqueiro (Luiz Gonzaga/Nelson Barbalho)
10- O último dia (Paulinho Moska/Billy Brandão)
11- Chá Cutiba (Humberto Teixeira)
12- Olhos acesos (Zé Américo/Salgado Maranhão)
13- Festa imodesta (Caetano Veloso)


O CD pode ser comprado na loja “Desafinado”: http://www.desafinado.com.br/
*Obs: Foto de Renan do Vale copiada da contra capa do CD


fonte:músicadoceará

fim de semana , curtição garantida!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Conheçam a nova geração da música!

Maria do Céu Whitaker Poças, ou simplesmente Céu, (São Paulo, 17 de abril de 1980) é uma cantora e compositora brasileira de música popular. Iniciou a carreira artística em 2002. Seu trabalho traz influências tanto de música originalmente brasileira (particularmente o samba), como de hip hop, afrobeat, jazz, R&B etc. Ela já afirmou em entrevista que não rejeita o rótulo de MPB, mas considera que ele já ficou limitado:O rótulo da MPB ficou limitado. Ele é bem abrangente, afinal é música popular brasileira. E me considero isso. Quando vou fazer um som, me alimento do que gosto e, como muitos outros da minha geração, me alimento não só de coisas específicas. Gostamos de ouvir música da Jamaica, agora estou escutando música etíope. Não penso que [tipo de] música estou fazendo. Simplesmente faço um som.




MARIANA YADAR

Aydar é filha de Mario Manga, integrante do grupo Premê, e de Bia Aydar, produtora de diversos artistas brasileiros, entre os quais Lulu Santos e Luiz Gonzaga. Nesse ambiente, ficava atrás dos palcos, dormia nos camarins [1] e ia junto com os cantores para o estúdio, aprendendo muita coisa só observando.[2][3]

A trajetória musical teve início em 2000. Em 2004, após anos de estudo no Brasil e na Berklee School of Music, em Boston, morou em Paris por um ano. Lá conheceu Seu Jorge, que a convidou para abrir os shows na turnê européia. De volta ao Brasil em 2005, passou a investir no disco de estréia, Kavita 1, lançado em setembro de 2006.[4]

Mariana, que estudou cello, violão e canto,[2] já esteve no palco com Seu Jorge, Elba Ramalho, Dominguinhos, Arnaldo Antunes, Toni Garrido, Samuel Rosa, Daniela Mercury , Céu, João Donato, entre outros.

É considerada como integrante de uma safra de cantoras no cenário da nova MPB.

Em abril de 2007, a música "Deixa o Verão" foi convocada para entrar na trilha sonora do seriado adolescente Malhação 2007, da Rede Globo.

Em agosto para setembro de 2007, Mariana Aydar foi indicada a Revelação no VMB (Video Music Brasil), realizado pela MTV

Em janeiro de 2008, realizou o primeiro show em Salvador, na Praça Tereza Batista, no Pelourinho, para um público superior a mil pessoas totalmente envolvido e conhecedor das ´músicas do repertório da cantora. O show foi uma parceria entre o Projeto Pelourinho Cultural, do IPAC - SECULT, com o produtor baiano Chicco Assis e o Movimento ChA Com Cultura.

Em 2009, a música "Prainha" entrou para a trilha de Malhação 2009, sendo tema do Ceará.



ELLEN OLÉRIA
Ellen Oléria inicia sua trajetória musical em Brasília, no ano 2000, como vocalista e percussionista da banda N Razões. Munida de muita black music, a banda explosiva formada pelos irmãos Oléria coleciona admiradores por onde passa, destacando-se na final do Festival MUSICALANGO e no Projeto Campus Sonoro da Universidade de Brasília (UnB).

Em 2002, com o término da banda e início de sua carreira solo, Ellen não abandona o antigo estilo, mas ousa ao somar a ele vários outros elementos da Música Brasileira. Assim: samba, samba funk, sambalanço e afoxés, muita música negra brasileira, aliados ao swing e ao carisma da cantora, contaminam a sua musicalidade e a sua performance.



ROBERTA SÁ

Roberta Sá nasceu em Natal (RN). Na infância seus pais lhe apresentavam rock (Beatles e Jovem Guarda), MPB e músicas regionais.

Aos 9 anos mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ) em virtude do segundo casamento de sua mãe.

Com 18 anos fez intercâmbio em Missouri (EUA) onde estudou canto num coral durante um ano.

De volta ao Rio fazia aulas de canto, enquanto cursava jornalismo e trabalhava como balconista. Em 2001 fez show de abertura para apresentação das bandas Liquidificalouca e Paula Leal e Os Infiéis, no Planetário da Gávea.

Em 2002 durante as férias da universidade sua professora de canto Vera de Canto e Melo lhe recomendou que fizesse testes musicais, e Roberta acabou entrando no programa de televisão Fama.

O programa, que se pretendia uma academia de artistas, tradicionalmente moldava seus cantores num estilo americanizado, o que não agradava a jovem que foi eliminada na quarta semana. O grande legado do programa segundo a própria cantora foi a oportunidade dela conhecer Felipe Abreu (irmão da cantora Fernanda Abreu) que se tornou seu preparador vocal e lhe incentivou preparar um show, que foi realizado no Mistura Fina alguns meses depois, e logo após lhe recomendou a gravar uma demo.

Roberta gravou uma demo (contendo cinco canções), que chegou às mãos do autor de novelas Gilberto Braga em 2003, que gostou da voz da cantora pediu que ela gravasse “A Vizinha do Lado” de Dorival Caymmi para a trilha da novela Celebridade, que escrevia no momento.

Roberta conheceu Rodrigo Campello, que se torna seu produtor. Eles gravam sob encomenda de uma empresa um álbum promocional intitulado "Sambas e Bossas". Entre as gravações alguns clássicos como "A Flor e o Espinho", "Essa Moça tá Diferente" e "Chega de Saudade".



KRYSTAL
A cantora natalense Krystal (28) faz sucesso por onde passa. Com nove anos de uma carreira consolidada como intérprete e compositora, ela iniciou sua trajetória da mesma forma que muitos artistas locais, cantando na noite em barzinhos e boates da capital potiguar. A artista se diz intérprete da MPB do rock e nos últimos anos tem se dedicado a fazer um trabalho de pesquisa do ritmo coco, "o mais potiguar de todos", como defende.

Nascida Khistal Glayde Saraiva Santos na Casa de Saúde São Lucas, às quatro e meia da tarde do dia 28 de maio de 1981. A cantora é filha de pai contador aposentado e de mãe dona de casa. Seu Cícero Saraiva dos Santos e dona Maria Patrocínio Saraiva, aliás, frequentemente flagravam o desejo de cantar da filha ainda precoce, durante a infância. "Lembro muito de uma cena: eu no quarto do meu pai, trancada, com o vidro de desodorante dublando as musicas que tocavam no rádio de frente para o espelho. Faço isso até hoje", relembra, sorrindo.

infelizmente não achei vídeos!

domingo, 27 de setembro de 2009

E aí Ariano? Alguém sabe explicar o que é isso?



Pode parecer inofensivo um tipo desse de "música",mas não é! É o que contribui para a idiotização dos adolescentes, desrespeito com a arte e com os ouvidos,a não ser que seja enquadrada no humor,comédia mesmo,mesmo assim de mal gosto!

Crítica de Ariano Suassuna sobre o forró atual

Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma plateia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando- se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.

Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo est tico. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na plateia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Ariano Suassuna
P.S: autoria não confirmada!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Xangai no CCBNB

Xangai [Eugênio Avelino]

Hoje terá show do grande XANGAI no CCBNB, a todos que apreciam boa música, uma oportunidade rara de se deliciar ao som da cantoria de um dos grandes artistas da música, terá ao seu lado, Cátia França, a compositora de um dos seus maiores sucessos: kukukaia, e kristal, intérprete que se revela na música nordestina.
Prestigiemos, a entrada é franca e o show comecaçará as 19:00 hrs,sendo recomendado chegar antes pra adquirir a senha!

Xangai

Foto: Carô Murgel

"Xangai, um cantor, um artista, um menestrel, um dos maiores poucos gatos pingados e tresloucados sonhadores-de-mãos-sangrentas-contrapontas-afiadas inimigas. Remanescentes que teima guardar a moribunda alma desta terra. Que também vai se atropelando contra a multidão de astros constelados que fulgurantes espargem luz negra dos céus dos que buscam a luz. Lá vai ele recalcitrante e contumás cavaleiro, perdulário da bem querência que deixa a índole dissoluta de um pobre povo que habita o espaço rico de uma pátria que ainda não nasceu(...)"

Casa dos Carneiros, minguante de maio de 1991
Elomar Figueira de Melo

Violêro

(Elomar)

Vô cantá no canturi primero
as coisa lá da minha mudernage
qui mi fizero errante e violêro
eu falo séro i num é vadiage
i pra você qui agora está mi ôvino
juro inté pelo Santo Minino
Vige Maria qui ôve o qui eu digo
si fô mintira mi manda um castigo
Apois pro cantadô i violero
só hai treis coisa nesse mundo vão
amô, furria, viola, nunca dinhêro
viola, furria, amô, dinhêro não
Cantadô di trovas i martelo
di gabinete, ligêra i moirão
ai cantadô já curri o mundo intêro
já inté cantei nas prtas di um castelo
dum rei qui si chamava di Juão
pode acriditá meu companhêro
dispois di tê cantado u dia intêro
o rei mi disse fica, eu disse não
Si eu tivesse di vivê obrigado
um dia inantes dêsse dia eu morro
Deus feis os homi e os bicho tudo fôrro
já vi iscrito no Livro Sagrado
qui a vida nessa terra é u'a passage
i cada um leva um fardo pesado
é um insinamento qui derna a mudernage
eu trago bem dent' do coração guardado
Tive muita dô di num tê nada
pensano qui êsse mundo é tud'tê
mais só dispois di pená pelas istrada
beleza na pobreza é qui vim vê
vim vê na procissão u Lôvado-seja
i o malassombro das casa abandonada
côro di cego nas porta das igreja
i o êrmo da solidão das istrada
Pispiano tudo du cumêço
eu vô mostrá como faiz o pachola
qui inforca u pescoço da viola
rivira toda moda pelo avêsso
i sem arrepará si é noite ou dia
vai longe cantá o bem da furria
sem um tustão na cuia u cantadô
canta inté morrê o bem do amô.



quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cuca Cariri realiza encontro no Centro Cultural do BNB

O Centro/Circuito Universitário de Cultura e Arte - CUCA da UNE no Cariri realizará na próxima quarta-feira, dia 30, a partir das 15 horas, no auditório do Centro Cultural do Banco do Nordeste em Juazeiro do Norte, o ENCUCA Encontro do CUCA. O evento visa apresentar a trajetória da organização a nível nacional através de mostra de audiovisual dos vídeos produzidos pela TV CUCA, além discutir e criar uma rede de contatos com artistas, produtores e artistas para pensar ações nas universidades e faculdades da região.

O Encontro será aberto para estudantes, pesquisadores, artistas, brincantes e produtores culturais. Para o coordenador do Cuca Cariri, o músico Jean Alex, o evento é importante momento para ampliar a atuação da entidade na região que luta pela conquista de um espaço pra funcionar como ponto de apoio. O Cuca aguarda uma resposta da Universidade Regional do Cariri, tendo em vista, que a instituição foi indicada para sediar o Centro na Região. Jean Alex enfatiza que o CUCA espera contar com a participação de artistas e estudantes das várias universidades e faculdades do Cariri.

Ele comenta que o CUCA funciona como uma rede aberta para colaboradores que tenham interesse em contribuir com a discussão e atividades sobre arte e cultura dentro e fora das instituições de ensino superior.

Serviço:
CUCA Cariri
http://www.cucacariri.blogpost.com/

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

melhor blog para baixar música boa está devolta!

O Um Que Tenha está de cara – e endereço – novos: bem vindos ao www.umquetenha.org!

Estamos felizes por reinaugurar nosso acervo de MPB, desta vez em domínio próprio. O que muda? Basicamente nada. O intuito nunca se alterou: queremos emocionar as pessoas, e a música e o artista do Brasil representam o que há de melhor neste quesito. Motivados pela crença que temos na qualidade da música brasileira, estamos focados na sua divulgação e nos manteremos empenhados na continuação desta prazerosa tarefa.

Gostaríamos de reiterar que, assim como foi desde a inauguração do antigo endereço do UQT, não há uma única forma de arrecadação financeira envolvida em sua operação, nenhuma publicidade paga, nem links comerciais, absolutamente nada. Entendemos que o UQT não faz pirataria, ou alguém já ouviu falar em pirata que não vise ao lucro? O blog conta com o apoio de muita gente do meio cultural porque o que faz é divulgar a arte de brasileiros, que, muitas vezes, por questões exclusivamente econômicas e mercadológicas, não têm outra forma de apresentar suas obras. A questão da riqueza e preservação cultural, neste plano, é secundária. A internet ajuda a balancear as oportunidades, a dar a chance ao artista de se fazer conhecer em qualquer parte do mundo. Toda razão tem Tom Zé quando diz que ao exportar arte atingimos o mais alto grau de aptidão humana.


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